O número de marchas,
seja o câmbio manual ou automático, é determinado em função das
características do motor (saiba mais).
No entanto, o fato de utilizar um conversor de torque permite que a
caixa automática tenha menos marchas que a manual sem prejuízo da
dirigibilidade.
Nas
trocas de marcha ascendentes, o deslizamento causado pelo conversor
torna menos perceptível o intervalo numérico entre as marchas. Em uma
aceleração rápida ou ao exigir máxima potência em baixa velocidade
(como em uma subida íngreme), o conversor eleva as rotações além do
que corresponderia à primeira marcha, o que um manual não poderia
fazer -- a não ser com "queima" de embreagem, que provoca seu desgaste
acentuado.
Com base nessas vantagens, é comum que o câmbio automático tenha
quatro marchas quando o manual possui cinco, como acontece na maioria
dos carros nacionais que oferecem essa opção. Algumas marcas, porém,
têm investido em automáticos com mais marchas: cinco em diversos
modelos (incluindo o Classe A brasileiro), seis em alguns carros de
luxo (começou em 2001 com o BMW Série
7) e agora sete em uma moderna caixa da Mercedes-Benz (na
ilustração), que chegou ao mercado este ano no
CLS e no novo
SLK.
A Jeep optou por uma solução diferente no Grand Cherokee V8: há duas
segundas marchas no câmbio automático. As relações usadas em seqüência
são sempre quatro, mas as trocas ascendentes usam uma segunda mais
curta, e as reduções, uma segunda mais longa. O objetivo é suavizar as
reduções, evitando um "tranco" da relação muito curta quando a segunda
é engatada.
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