Coletor longo: entendendo o
que a revista quis dizer


A revista Quatro Rodas de novembro publicou uma explicação sobre as vantagens do coletor longo para o torque em baixa rotação. Em resumo, os gases em regime de baixa "voltariam" ao encontrar a válvula de admissão fechada. Estes gases posteriormente também encontrariam a borboleta fechada, efetuando novo retorno neste percurso "longo" para as válvulas , que finalmente estariam abertas. Como eu achava muito fácil a explicação do BCWS (o volume e, em conseqüência, a massa dos gases em um coletor longo é maior do que em um coletor curto, favorecendo a inércia dos mesmos em baixa rotação) gostaria de saber se há um conflito entre as explicações destas duas publicações. Sobre o BCWS, esgotaram-se os adjetivos!

Marcelo Altomare Carreiro
Rio de Janeiro, RJ - maltomare@ig.com.br

Marcelo, não é a primeira vez, e provavelmente não será a última, em que a publicação citada incorre em conceitos técnicos errôneos. Há conflito, obviamente, entre as explicações.

É preciso maior massa de ar (ou de mistura ar-combustível no caso de carburador ou de injeção monoponto), e portanto mais força, para vencer a resistência natural causada pelo pistão já no tempo de compressão, estando a válvula de admissão ainda aberta. Já esse mesmo coletor longo seria restritivo ao fluxo necessário para alimentar o motor nas rotações mais elevadas. O que a revista pode ter pretendido descrever são os sistemas chamados de ressonância, em que se procuram ajustar as pulsações dos tubos aos momentos em que as válvulas estão abertas.

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Data de publicação: 8/11/03

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