

A Variant seguia a reformulação
do sedã; novos motores deixavam-nos mais potentes, caso do VR6 de 2,9
litros e 184 cv lançado em 1995 |
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Frente curva e linha suave no
teto marcavam a quarta geração, de novo com motor longitudinal; a
Variant era redesenhada no ano seguinte |
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"Claramente não é tão potente quanto o Grand Am e, pesando 115 kg mais
que o Integra, parece lento em comparação. Mas comparado a Ford Taurus e
Chevrolet Lumina, ele tem alto nível de refinamento
e uma verdadeira personalidade. Itens importantes, como o espaçoso banco
traseiro, o nível de equipamentos de série e o baixo nível de ruído
interno, fazem do Passat um sério candidato à consideração de
qualquer família", concluía o teste.
A frente sem grade parece não ter feito muitos adeptos, pois a VW voltou
a usá-la na reestilização da linha 1994 — identificada
como B4, embora não se tratasse de nova geração —, após 20 anos
e 6,2 milhões de unidades do Passat. Se a estrutura era a mesma do B3, a
carroceria ganhava novos painéis e ar atualizado, com luzes
de direção e de neblina no para-choque dianteiro e mudanças na traseira.
O comprimento aumentava um pouco, para 4,61 m. Melhorias em segurança
passavam por bolsas infláveis frontais, cintos com
pretensionadores e freios com sistema
antitravamento (ABS) de série.
Os motores de 1,8, 2,0 e 2,8 litros eram preservados, mas com aumento de
potência no 2,0 de 16 válvulas de 136 para 150 cv. Uma única unidade a
diesel era oferecida, a de 1,9 litro, com 75 ou 90 cv; esta última
trazia nova injeção de duto único. Um
ano depois das mudanças, apareciam um 1,6-litro de nova geração, com
bloco de alumínio e 100 cv, e um VR6 de 2,9 litros com 184 cv e 25
m.kgf, reservado à Variant de tração integral. O 1,9 turbodiesel tornava-se mais potente (110 cv) em 1996,
atendendo aos muitos interessados nesse tipo de motor no mercado
europeu.
O Audi da
VW
Apesar do
êxito do uso de motor transversal em termos de aproveitamento das
dimensões externas para o espaço da cabine, a Volkswagen optou por
voltar à posição longitudinal na quarta geração do Passat, lançada em
1996 como tipo 3B ou plataforma B5. Como acontecia até o segundo modelo,
a arquitetura era compartilhada com o médio da Audi, agora chamado de A4
e apresentado dois anos antes.
Sem perder o jeito sóbrio que caracteriza a marca, o novo Passat ousava
com as formas curvas da frente e da linha de teto, que parecia não ser
interrompida do para-brisa até o vidro traseiro. Atrás, as lanternas
usavam o formato vertical pela primeira vez no sedã. Bem estudada, a
aerodinâmica resultava em excelente Cx
0,27, um dos melhores para seu tempo, e o interior evoluía em qualidade
de materiais e refinamento, além de trazer bolsas infláveis laterais de
série. A Variant acompanhava as mudanças em março de 1997.
A carroceria toda galvanizada tinha maior resistência à corrosão e as
dimensões continuavam a crescer, agora com 4,67 m de comprimento, 1,74 m
de largura, 1,46 a 1,49 m de altura, 2,70 m de entre-eixos e mais de
1.300 kg. Isso levava à necessidade de motores mais potentes, que foram
então providenciados com uma solução rara na indústria: cinco válvulas
por cilindro, das quais três para admissão e duas para escapamento.
Com isso, o 1,8-litro podia ter 125 cv com
aspiração natural ou 150 cv quando dotado de turbo (pela primeira
vez no modelo em versão a gasolina) e
resfriador de ar. Um V6 "aberto" de 2,8 litros, também usado pela
Audi, assumia o lugar do VR6 (não fazia mais sentido o motor compacto
diante da posição longitudinal) e, com as cinco válvulas, fornecia 193
cv e 28,5 m.kgf, o bastante para alcançar velocidade máxima de 232 km/h.
O ainda recente 1,6 de 100 cv e o 2,0-litros de 120 cv eram mantidos com
duas válvulas por cilindro, mesma solução do inédito VR5 de 2,3 litros e
150 cv.
A gama a diesel começava com o 1,9-litro em opções de 90 e 110 cv, mas
um V6 de 2,5 litros com 150 cv e o robusto torque de 31,6 m.kgf aparecia
em 1998. Cinco marchas tornavam-se padrão nas caixas manual e
automática, esta dotada de comando manual sequencial Tiptronic. No
mercado alemão, toda a linha recebia controle
de estabilidade de série em 1999, ano em que surgiam também as
opções de faróis com lâmpadas de xenônio,
navegador por satélite e câmbio manual de seis marchas (para o V6
turbodiesel).

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