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Enquanto o Crown chegava à nona geração, em 1991, aparecia a versão Majesta, com farta eletrônica e o exuberante motor V8 de 253 cv do Lexus LS 400

Talvez mais conservador no estilo, o modelo 1995 modernizava-se na construção monobloco, que afinal substituía a carroceria sobre chassi

Volta a perua, sai o sedã hardtop: a geração de 1999 incluiu um híbrido

Evolução estética   O já longevo carro de topo da Toyota chegava à nona geração (S140) em 1991 com aspecto mais robusto. Se na década de 1960 a inspiração veio de americanos como o Ford Falcon, agora o mote parecia ser os alemães da Audi e Mercedes-Benz, com seus carros que transmitiam solidez. Ficara muito bonito com a frente levemente em cunha, faróis retangulares e parachoques envolventes. Os cromados, dessa vez, se resumiam a poucos detalhes, em especial aos frisos da grade.

Já a lateral era limpa, com linha de cintura alta e um discreto vinco por toda a carroceria. A janela das portas de trás perdiam o vigia e a coluna posterior era larga. A traseira esbanjava elegância com as lanternas unidas por todo o painel. Os passageiros contavam com 2,73 m de entreeixos. Externamente tinha 4,80 m de comprimento, 1,75 m de largura e 1,44 m de altura. O peso crescia para altos 1.620 kg.

Os níveis de acabamento eram básico, Deluxe, Super Deluxe, Super Saloon, Royal Saloon e Royal Saloon G. As escolhas para o motor passavam pelos de 2,0, 2,5 e 3,0 litros, todos a gasolina, além do 2,4 a diesel. Um novo V8 de 4,0 litros e 32 válvulas equipava o Royal Saloon G e o Majesta — novo carro baseado no Crown, mas maior e mais luxuoso. Compartilhado com o Lexus LS 400, carro da divisão de luxo da marca japonesa vendido nos EUA, o motor era suave e robusto e fornecia ótimo desempenho, graças aos 253 cv e 36 m.kgf. O Majesta trazia ainda farto pacote de equipamentos eletrônicos. Já as versões voltadas para taxistas tinham parachoques cromados e o motor a diesel, com caixa manual de quatro marchas e alavanca na coluna de direção.

O modelo S150, a décima geração, chegava com fôlego em 1995. Mesmo para um público conservador, a Toyota alterou pouco as linhas. Modificação importante era a construção da carroceria do tipo monobloco — o Crown era, até então, um dos últimos carros no mundo com carroceria sobre chassi. Desta vez apenas o sedã saía das linhas de produção. As versões agora eram Royal Extra, Royal Saloon, Royal Saloon G e a mais esportiva Royal Touring. Os acabamentos Royal Extra e Royal Saloon também podiam receber tração integral.

Na sequência surgia a 11ª geração (S170) já em 1999, com uma atualização do desenho anterior. Os faróis estavam maiores e a grade continuava destacada, seguida com vincos no capô. Na traseira a queda de teto era suave e elegante e as lanternas vinham separadas apenas por um acabamento cromado da placa. Novidades eram o retorno da perua Estate e o fim do sedã hardtop. Continua

Convivência pacífica

Como acontece com variados modelos mundo afora (leia artigo), também o Crown existe em gerações diferentes no mesmo mercado. No Japão o segmento de táxi conta com o Crown Confort desde 1995, sem mudanças, enquanto o modelo destinado ao consumidor comum tem recebido constantes reformulações. A estratégia buscava oferecer um produto que voltasse às origens do Crown: atender aos motoristas profissionais com um carro confortável, robusto e de manutenção simples.

Por isso, o carro tinha modificações no interior que o deixavam mais espaçoso e a troca de materiais luxuosos por outros mais simples, com o propósito de baixar custos. Interessante é a porta traseira com abertura elétrica comandada pelo motorista. Com um resistente motor a diesel, o Crown Confort é muito popular no Japão, Hong Kong e Cingapura, mas já sente o peso da idade e de opções mais modernas, inclusive no desenho, a preços tão competitivos quanto o dele.

Com ar de passado
Em meio à onda nostálgica que tomou conta da indústria no fim da década passada, produzindo efeitos como o VW New Beetle e o Chrysler PT Cruiser, a Toyota decidiu olhar para o passado e criar um carro-conceito atual com inspiração no Crown de primeira geração.

Em 2000 era apresentado o Origin, que celebrava o marco de 100 milhões de Toyotas produzidos em toda a história. Dos faróis às colunas traseiras, do "bigode" na grade às portas posteriores suicidas, passando pelos parachoques cromados, o conceito (feito sobre a plataforma do Progrès, um sedã de luxo com motor de seis cilindros) lembrava aquele modelo de 1955 que deu início à mais longa linhagem dentro da marca: a do Crown.

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