
Talvez mais conservador no
estilo, o modelo 1995 modernizava-se na construção monobloco, que afinal
substituía a carroceria sobre chassi


Volta a perua, sai o sedã
hardtop: a geração de 1999 incluiu um híbrido |
Evolução estética
O já longevo
carro de topo da Toyota chegava à nona geração (S140) em 1991 com
aspecto mais robusto. Se na década de 1960 a inspiração veio de
americanos como o Ford Falcon, agora o mote parecia ser os alemães da
Audi e Mercedes-Benz, com seus carros que transmitiam solidez. Ficara
muito bonito com a frente levemente em cunha, faróis retangulares e
parachoques envolventes. Os cromados, dessa vez, se resumiam a poucos
detalhes, em especial aos frisos da grade.
Já a lateral era limpa, com linha de cintura alta e um discreto vinco
por toda a carroceria. A janela das portas de trás perdiam o vigia e a
coluna posterior era larga. A traseira esbanjava elegância com as
lanternas unidas por todo o painel. Os passageiros contavam com 2,73 m
de entreeixos. Externamente tinha 4,80 m de comprimento, 1,75 m de
largura e 1,44 m de altura. O peso crescia para altos 1.620 kg.
Os níveis de acabamento eram básico, Deluxe, Super Deluxe, Super Saloon,
Royal Saloon e Royal Saloon G. As escolhas para o motor passavam pelos
de 2,0, 2,5 e 3,0 litros, todos a gasolina, além do 2,4 a diesel. Um
novo V8 de 4,0 litros e 32 válvulas equipava o Royal Saloon G e o
Majesta — novo carro baseado no Crown, mas maior e mais luxuoso.
Compartilhado com o Lexus LS 400, carro da divisão de luxo da marca
japonesa vendido nos EUA, o motor era suave e robusto e fornecia ótimo
desempenho, graças aos 253 cv e 36 m.kgf. O Majesta trazia ainda farto
pacote de equipamentos eletrônicos. Já as versões voltadas para taxistas
tinham parachoques cromados e o motor a diesel, com caixa manual de
quatro marchas e alavanca na coluna de direção.
O modelo S150, a décima geração, chegava com fôlego em 1995. Mesmo para
um público conservador, a Toyota alterou pouco as linhas. Modificação
importante era a construção da carroceria do tipo
monobloco — o Crown era, até então, um
dos últimos carros no mundo com carroceria sobre chassi. Desta vez
apenas o sedã saía das linhas de produção. As versões agora eram Royal
Extra, Royal Saloon, Royal Saloon G e a mais esportiva Royal Touring. Os
acabamentos Royal Extra e Royal Saloon também podiam receber tração
integral.
Na sequência surgia a 11ª geração (S170) já em 1999, com uma
atualização do desenho anterior. Os faróis estavam maiores e a grade
continuava destacada, seguida com vincos no capô. Na traseira a queda de
teto era suave e elegante e as lanternas vinham separadas apenas por um
acabamento cromado da placa. Novidades eram o retorno da perua Estate e o fim do sedã hardtop.
Continua
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