

Um redesenho frontal chegou
logo, em 1970, com ar mais tradicional


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Com cara de
executivo
Com a liberação de
importação de automóveis para o Japão em 1965, a Toyota dava mais um
passo na evolução de seu modelo de prestígio. Uma nova geração, a S50, ficava
pronta em 1967 e o Crown assumia um ar mais profissional. Embora com
mecânica semelhante à da geração anterior, o modelo estava elegante. A
dupla de faróis circulares era acondicionada em uma armação fosca e a
grade, mais discreta, trazia frisos horizontais cromados. Estes estavam
presentes em outras partes da carroceria, como parachoques, retrovisores
e frisos contornando o parabrisa e os vidros laterais. Por dentro,
conforto e novos equipamentos para agradar aos passageiros.
Media 4,66 m de comprimento, 1,69 m de largura e 1,44 m de altura. O
entreeixos permanecia em 2,69 m. Junto ao motor de 2,0 litros havia um
novo de 2,3 litros e seis cilindros. Com comando no cabeçote, entregava
116 cv e 17,5 m.kgf. Os câmbios manuais tinham três ou quatro marchas e
o automático apenas duas. O Crown vinha em versões sedã e perua de
quatro portas e cupê hardtop. Raras eram
as versões picape de cabine simples e dupla. A perua podia receber até
oito passageiros e sua tampa traseira abria para o lado. Nos modelos
1970 a frente já estava diferente, com a linha superior da grade acima
dos faróis.
A Toyota andava rápido e uma reforma visual ficava pronta para 1972. Na
geração S60 (sedã e perua) ou S70 (cupê), o
estilo estava ousado e esportivo com uma frente dividida em
duas partes: acima, um ressalto marcava as luzes de direção e uma
pequena grelha; abaixo vinham os dois pares de faróis circulares já
característicos, grade e parachoque envolvente, cromado ou na cor da
carroceria, cujas laterais
subiam até a metade dos faróis. Na lateral o novo Crown perdia o quebravento na janela do motorista e a
coluna traseira tinha forma original. Atrás, as lanternas horizontais eram
acomodadas em um acabamento cromado. Já a perua mostrava uma
interessante traseira cortada "a machado". Por dentro o habitáculo exibia o
conforto usual para os passageiros. Suas medidas eram praticamente as
mesmas do anterior.
Junto à quarta geração estreava um propulsor de seis cilindros e 2,6
litros, que dividia espaço com o já conhecido 2,0. Entregava 131 cv e 20
m.kgf, com o que a velocidade máxima ficava em bons 170 km/h. Esse motor
equipava a versão de topo Super Saloon, mas havia também a Super Deluxe
e a Deluxe. Outras novidades na linha eram injeção de combustível e
freios com sistema antitravamento (ABS), então restrito às rodas
traseiras. A caixa automática de três marchas vinha com controle
eletrônico e a manual agora tinha cinco marchas. Um
mimo era a abertura do portamalas por meio de uma posição da chave na
ignição. A submarca Toyopet era abandonada pelo Crown, que recebia então
o nome Toyota mesmo no mercado interno. Retornavam as exportações aos EUA, mas os negócios
duraram apenas dois anos, dado o pouco sucesso da empreitada. A segunda
geração do Corona o substituiu naquele mercado.
Continua
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