

Os motores permaneciam com 2,2 e
3,0 litros, mas um compressor era aplicado ao V6 pela divisão esportiva
TRD da marca para obter 247 cv


Se a perua estava mais elegante,
não chegou aos norte-americanos; o cupê Solara, de estilo discreto, é
que fazia sua estreia nessa geração |
Faz tudo bem
A unificação dos
modelos aparecia com a quarta geração, a MCV21, lançada no Japão em dezembro de
1996 — chegaria aos EUA no ano seguinte. Com 4,82 m de comprimento, 1,78
m de largura, 1,40 m de altura e 2,62 m de entre-eixos, o novo Camry e
sua versão perua (chamada Gracia no Japão), estavam mais imponentes. Na
frente chamava a atenção a grade proeminente junto ao para-choque mais
avançado. Os faróis retangulares e as luzes de direção avançavam
bastante nos para-lamas. As laterais continuavam limpas, com apenas uma
janela na porta traseira e coluna posterior sem vigia. Atrás as
elegantes lanternas finas e horizontais davam harmonia ao conjunto.
Por dentro, um painel de desenho simples, mas tudo bem montado e
adequado à proposta. Pesando 1.360 kg, seus motores precisavam
acompanhar esse acréscimo. Agora estavam disponíveis nos EUA o 2,2, com
130 cv e 20 m.kgf, e o 3,0 V6, de 191 cv e 28 m.kgf. Entre 1997 e 2000 a
divisão de desempenho TRD ofereceu um
compressor para o V6 que elevava a potência e o torque para 247 cv e
33,4 m.kgf. Mais uma vez o carro entrava na lista dos 10 mais da Car
and Driver. E o trio que disputava a liderança de vendas nos EUA —
Camry, Accord e Taurus — era reunido em comparativo da revista Motor
Trend em 1997.
O teste destacou no Toyota "os bancos de couro confortáveis e com bom
apoio, os comandos bem organizados e fáceis de usar. O Camry foi também
o carro melhor isolado dos três, efetivamente amortecendo os ruídos
externos para fornecer um ambiente silencioso e mais sereno,
reminiscente de carros de luxo mais caros". Elogios, mais uma vez, para
o motor V6: "Quando você toca o acelerador,o 3,0-litros fornece uma
arrancada forte, positiva. Faz ultrapassagens de alta velocidade com
pouco esforço, respondendo com mais potência do que você esperaria de
seu jeito suave, civilizado. Esse desempenho é reforçado por uma
impecável caixa automática que está sincronizada à curva de torque,
resultando sempre na marcha correta e em mudanças quase imperceptíveis."
O resultado do confronto foi favorável à Toyota: "As melhorias fazem
deste carro um sólido pacote. Ele entrega a maior potência, a aceleração
mais rápida, o rodar mais macio e equipamentos não oferecidos nos
outros. Não importa qual dos três carros terminar como o número um em
vendas, em nosso livro o novo Camry é o melhor dos best sellers." Em
1999 chegava ao mercado um novo cupê, dessa vez bastante diferente no
desenho, tanto que o nome agora era Camry Solara ou simplesmente Solara.
De linhas ainda discretas, mas com um discreto toque esportivo, vinha
nos acabamentos SE e SLE e com ambos os motores do sedã, sendo o V6
ajustado para 200 cv. Bolsas infláveis laterais para os ocupantes
dianteiros se tornavam opcionais no Camry no mesmo ano.
A tranquilidade ao dirigir voltava a ser destacada pela Popular
Mechanics em 1999: "Não há dramatismo. Não há estímulos. Nada que o
faça realmente pensar no carro. Mas o Camry está pronto para fazer seu
trabalho, todos os dias. E o faz bem. (...) Embora não seja um carro
esporte, ele é ágil e rápido. O V6 é potente o bastante para fazer o
controle de tração uma opção que vale seu custo, pois afundar o pedal
numa saída de sinal produz patinação. Enquanto um rodar suave é uma
prioridade sobre a agilidade, a Toyota foi capaz de dar ao Camry a
habilidade de mudar de direção extremamente bem. E tem os freios mais
potentes dos sedãs médios. Se tivéssemos de resumir a experiência a seu
volante em uma palavra, seria 'sólida'. O Camry faz tudo bem."
Continua
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