Aprimorado sob vários aspectos, o GT-R da décima geração será lembrado para sempre

Como nas duas gerações anteriores, a versão V-Spec deixava o GT-R ainda mais interessante: tinha suspensão recalibrada e mais baixa, difusor em fibra de carbono para disciplinar o ar que passava sob o carro, tração integral mais sofisticada e, no mostrador do painel, indicação de aceleração lateral e do tempo de volta no circuito. A série N1, de produção reduzida, vinha despojada para alívio de peso. Depois dela vinha a V-Spec II, com capô em fibra de carbono, mais leve que o de alumínio da V-Spec conhecida. E a M-Spec favorecia o conforto com bancos aquecidos, revestimento em couro e suspensão mais macia.

No Salão de Tóquio de 2001 a Nissan despertava a euforia dos entusiastas ao apresentar o carro-conceito GT-R. De formas imponentes e com as tradicionais lanternas circulares, parecia o futuro breve do cupê mais potente da linha... mas não aconteceu. Em agosto de 2002, para decepção dos fãs, o Skyline GT-R saía de produção, sob a alegação de que o motor não atendia aos novos limites de emissões poluentes. Outra série limitada, de 1.000 unidades, marcava o encerramento do mito: a Nür (alusiva a Nürburgring), com motor baseado no da versão N1. A potência divulgada permanecia no limite legal de 280 cv.

A série Nür, alusiva ao circuito alemão de Nürburgring, era uma despedida do GT-R: as gerações seguintes do Skyline não mais teriam essa versão esportiva

Curiosamente, o R34 rendeu mais uma edição especial anos depois de deixar o mercado. Em fevereiro de 2005 era apresentada pela Nismo, em celebração a seus 20 anos, a série GT-R Z-tune. Foram escolhidos 20 carros com menos de 30.000 km, que receberam reforços na estrutura e motor ampliado para 2,8 litros, com comando de válvulas, virabrequim e bielas usados na classe GT500 do JGTC (leia boxe). Os dois turbos com maior pressão produziam 500 cv e 55 m.kgf. Transmissão reforçada, freios da italiana Brembo, suspensão regulável, rodas de alumínio forjado e pneus 265/35-18 formavam um conjunto harmonioso.

Sem o GT-R, a linha Skyline não era mais a mesma quando estreou a décima primeira geração, ou V35. O sedã, revelado em junho de 2001, passava a ser vendido também nos Estados Unidos como Infiniti (divisão de luxo da Nissan,) G35. A nova plataforma, com tração traseira, era a mesma FM — alusão ao motor central-dianteiro — usada pelo 350Z, assim como o motor V6 de 3,5 litros do mercado americano, com 260 cv e 33 m.kgf. No Japão havia outras versões, 2,5 de 215 cv e 3,0 de 260 cv, também V6. A menos potente podia vir com tração integral.

O R34 foi tão marcante que a Nissan fez uma edição especial três anos depois de tirá-lo de linha: a Nismo Z-tune, com motor de 500 cv e itens sofisticados

Destaques eram o coeficiente aerodinâmico (Cx), apenas 0,27, e o entreeixos longo de 2,85 metros. O câmbio automático opcional tinha cinco marchas. Em janeiro de 2003 chegava o cupê, que para os americanos era chamado Infiniti G35 Sport Coupe. Embora sem a imponência do clássico GT-R, era um belo automóvel com linhas suaves, interior confortável e uma versão mais potente do V6 de 3,5 litros, com 280 cv e 37 m.kgf. Continua

Os especiais
O motor de seis cilindros e 2,6 litros do Skyline conquistou o universo da preparação com sua resistência e facilidade de ganhar potência. É comum chegar a 500 cv sem a necessidade de trocar elementos como pistões, bielas e virabrequim. Alguns preparadores recorrem ao bloco usado na Austrália, que permite elevar a cilindrada para 3,2 litros (com maior curso de pistões) mantendo o cabeçote original.

Trabalhos para competição levaram o seis-em-linha a potências declaradas de mais de 1.000 cv. Empresas como Veilside, HKS e Blitz fizeram carros de desempenho assustador — também para rua — com base em diferentes gerações do GT-R.
A Blitz (acima) deixou o motor do GT-R da série R34 com 2,75 litros e aplicou extensa preparação para chegar a 850 cv a 9.300 rpm e 132 m.kgf a 7.500 rpm. A empresa anunciava máxima de 343 km/h e 0-100 em três segundos. Defletores, pára-lamas alargados e pneus 265/35-18 faziam parte do conjunto.

Ainda mais impressionante era o R34 da Veilside (ao lado), com declarados 1.380 cv a 7.800 rpm e 100,5 m.kgf a 7.600 rpm, suficientes para atingir 420 km/h e fazer o 0-100 em 2,4 s! A enorme tomada de ar frontal, para maior eficiência dos resfriadores, parecia apta a devorar o que estivesse à frente desse Skyline.

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