


A tração integral apareceu no
mesmo ano e passou por evolução já em 1990, quando a linha recebia
alterações na frente e nos para-choques |
O
Turbo tornou-se o carro preferido da polícia francesa para a
interceptação dos mais velozes nas auto-estradas. Quando se via pelo
retrovisor o carro azul com uma larga faixa vermelha e branca sobre o
capô, era melhor encostar... A mesma L'Automobile o colocou
frente a frente ao Sierra Cosworth com turbo e 16 válvulas, que era mais
potente (204 cv) e 30% mais caro. O Renault foi considerado melhor em
retomadas, espaço, equipamentos de série, instrumentos, consumo e
estabilidade, perdendo para o Ford em aceleração, direção, freios e
conforto. A aerodinâmica destacava-se na
categoria e contribuía para a velocidade máxima muito próxima da obtida
pelo Sierra. A revista concluiu por um empate, o que tornava louvável o
trabalho dos franceses diante da diferença de preço.
Em 1988 o médio da Renault já ocupava o terceiro lugar nas vendas da
França. As versões a diesel também faziam sucesso. A mais acessível
vinha com 1.870 cm³, injeção mecânica, 65 cv e 12,5 m.kgf. Nas versões
SD e GSD, fazia de 0 a 100 km/h em 16 segundos e sua velocidade final
era de comportados 160 km/h. A mais apreciada era a Turbodiesel DX. O
motor de 2.068 cm³ recebia turbo Garrett T2 com resfriador de ar para
obter 88 cv e 18,5 m.kgf. O consumo de 17,5 km/l a 100 km/h agradava a
pessoas que usavam muito o carro em viagens e queriam combinar
desempenho e economia. Ele fazia de 0 a 100 km/h em 13,8 segundos e
tinha final de 175 km/h. Por fora tinha grade diferenciada.
Um motor com concepção inédita também chegava. Tratava-se da versão TXI,
com a mesma cilindrada de 2,0 litros e cabeçote com três válvulas por
cilindro, sendo duas de admissão e uma de escapamento. Essa configuração
mista foi usada por várias marcas nos anos 80 e 90, com o intuito de
obter mais potência que com duas válvulas sem o custo dos motores de
quatro. Com 140 cv e 17,9 m.kgf, fazia de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e
tinha final de 210 km/h. Mostrava muito fôlego e era robusto.
Cinco portas, tração integral
Em 1989 aparecia
no Salão de Frankfurt a versão de cinco portas do R21. Se esteticamente
não era primorosa, pela traseira algo curta para o comprimento da
frente, atendia à preferência de alguns mercados por esse
tipo de carro. Os críticos diziam que o R16 estava de volta... Boa
novidade era a versão 4x4, com tração nas quatro rodas e diferencial
central Torsen, o que melhorou ainda mais o comportamento dinâmico do
carro. O torque era transferido 65% para frente e 35% para trás. Usava o
mesmo motor do Turbo e estava disponível também para a perua Nevada. Era
a resposta da Renault ao Peugeot 405 e ao BX de tração integral, além
dos Audis.
Continua
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