Livros
sobre o 21 resumem-se a manuais de manutenção, mas há obras que
abordam a história do toda a Renault.
Renault, Un Siècle de Création Automobile - por Claude Le
Maître e Jean-Louis Loubet, editora Etai. Bastante abrangente,
com 255 páginas em francês, conta a trajetória da marca desde
sua fundação em 1898. Le Maître é presidente da Sociedade de
História do Grupo Renault; enquanto Loubet é Diretor do
Departamento de História da Universidade de Evry. Publicado em
2003. |
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Sedã e perua foram vendidos nos
Estados Unidos como Medallion, em uma associação com a AMC que logo
terminou com a venda à Chrysler |
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A
Renault rompia no mesmo ano as ligações com a AMC. O então presidente
Raymond Lévy negociou a venda a Lee Iacocca, que dirigia o grupo
Chrysler. Desde 1987 era vendido nos EUA o Renault Medallion, com base
na plataforma do R21, mas diferente em estilo e mecânica. Com linhas
mais ao gosto norte-americano e os para-choques salientes (e resistentes
a pequenos impactos) exigidos pela legislação de lá, usava o motor de
2,2 litros do R25 em posição
longitudinal, câmbio manual de cinco marchas ou automático de três e
oferecia a opção da perua, incluindo o banco suplementar. Na linha 1988
a marca Renault dera lugar à Eagle. Foi a última tentativa do grupo
francês no país.
Na Europa, toda a linha R21 era ligeiramente remodelada em 1990,
ganhando novos faróis e grade. Antes o símbolo losango da marca ficava à
esquerda, inserido na grade, e agora estava no centro do capô. A tampa
do motor tinha também mudanças e atrás ele ganhava lanternas com desenho
mais horizontal, que acompanhavam a linha do porta-malas. Por dentro as
versões superiores estavam mais requintadas com revestimento dos bancos
em couro. O acabamento, um dos motivos de crítica, estava bem mais
cuidado.
O R21 TXi Quadra aparecia na versão sedã. Era muito atraente e se
mostrou eficaz, mais evoluído que a versão anterior 4x4. Era muito
seguro na chuva ou na neve, mesmo rodando rápido, mas não foi
bem-sucedido por causa do preço: custava quase 30% acima do carro com
tração convencional e mesma motorização. Até 1993 o R21 recebia poucas
alterações externas e internas. Naquele ano, deixava as siglas de lado e
conforme o acabamento usava nomes como Prima, Manager, Alizé, Symphonie
e Baccara, esta a versão mais sofisticada. A chegada do belo Laguna
mostrava o caminho para sua despedida.
Em 1994 terminava a produção do sedã e no ano seguinte a da perua, após
2.096.000 unidades feitas em Marselha, na França, a que se devem somar
as fabricadas em Bursa, na Turquia; Pequim, na China; Medelín, na
Colômbia; e Santa Isabel, em Córdoba, na Argentina. Foi o carro que
reergueu a Renault, marca que terminou a década de 1980 como oitavo
produtor mundial atrás da GM, Ford, Toyota, Volkswagen, Fiat, Nissan e
Peugeot-Citroën. Esse marco no cotidiano francês foi o último carro da
Renault como empresa estatal.
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