

O sedã quatro-portas e o cupê
com coluna central e teto mais retilíneo eram outras opções; a linha de
motores chegava a mais de 7,0 litros

O interior do Sport Fury, a mais
esportiva das várias versões, incluía ajuste do volante em altura e
distância; as outras opções eram I, II e III |
Ainda estavam em uso o motor Slant Six, o V8 318 (com carburador duplo
ou quádruplo) e o 361 (com quádruplo); já o 383 deixava de existir. O
413 voltava meses depois, mas só até a mudança de ano-modelo. A caixa
automática mais moderna usava carcaça de alumínio, menor e bem mais
leve. Ao avaliar o Fury com motor 361, a Popular Science opinou:
"A grande beleza desse carro é sua suspensão. O esquema de barras de
torção da Chrysler é o mais bem-acertado de todos que vêm de Detroit.
Ele fornece uma combinação de rodar firme, mas confortável, e um
comportamento decidido em curvas. O rodar foi amaciado para 1962 e a
estabilidade sofreu um pouco, mas ainda é de primeira linha".
Em 1963 a Plymouth ampliava a garantia para cinco anos ou 80 mil
quilômetros. No ano seguinte fazia sua estreia o motor V8 426 Wedge
"Super Stock" de 7,0 litros com duas opções de taxa de compressão, que
resultavam em 415 ou 425 cv. Como o nome indicava, era exclusivo para
competir na Nascar e não adequado ao uso em rua.
Em
crescimento
Na geração
para 1965, o Fury vinha com um estilo não muito diferente de outros
modelos norte-americanos, como o Ford Galaxie
e vários Pontiacs: faróis duplos empilhados, seis lanternas traseiras,
para-choques cromados de grandes dimensões, linhas retas, perfil baixo,
vidros pouco envolventes. O entre-eixos crescia para três metros ou, no
caso da perua, 3,10 m — era a plataforma C da Chrysler, em vez da B
usada desde 1962.
Estavam disponíveis os níveis de acabamento I, II e III. O Fury I tinha
baixo preço e simplicidade para frotas de empresas e de polícias,
enquanto o II e o III ofereciam mais conveniências e interior mais
requintado. O Sport Fury continuava como braço mais esportivo da linha,
dotado de itens como caixa automática, bancos dianteiros individuais,
ar-condicionado e teto revestido em vinil. O painel adotava velocímetro
em forma de trapézio, relegando os demais instrumentos a uma faixa
horizontal à altura do rádio, não a melhor solução para sua
visibilidade. Volante regulável em altura e distância era um novo
opcional.
Um novo V8 ocupava o topo do catálogo: o "Street Wedge" 426, o
motor antes restrito à Nascar e agora adaptado para uso em rua, com 385
cv e grande aptidão para altas rotações. Os demais eram o 225 de seis
cilindros com 145 cv, o V8 318 com 230 cv, o 383 com 270 ou 325 cv
(conforme o uso de carburador duplo ou quádruplo) e o 440 (de 7,2
litros) com carburador duplo e 350 cv. Os dois mais potentes tinham
quatro marchas no câmbio manual e toda a linha podia vir com o
automático. Freios dianteiros a disco e direção assistida eram opcionais
para qualquer versão.
Na suspensão, a fábrica havia trabalhado para obter rodar mais
confortável e melhor isolamento de vibrações, como observava a
Popular Science: "O resultado dessa atenção faz do Fury um carro
muito estável e de rodagem suave. Ele mantém as qualidades de
comportamento dinâmico pelas quais os produtos da Chrysler se tornaram
conhecidos. Uma comparação entre o Fury 1965 e o Belvedere 1965 (que é,
na essência, um Plymouth 1964) mostra um rodar muito mais confortável no
novo modelo. Você sente o conforto e a suavidade adicionais pelos quais
está pagando".
Continua
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