"Nova geração"? Menos, Peugeot, menos... O 206 recebia em 2004 novos faróis e nomes de versões ao lado do motor 1,4-litro de oito válvulas

A charmosa SW também feita no Brasil, motores 1,4 e 1,6 flexíveis, o fim do 1,0 e a edição limitada Holiday: novidades da família em 2005

Para atender a um público carente de conversíveis de menor preço desde o fim dessas versões de Kadett e Escort, na década anterior, o 206 CC passava a ser trazido da França. Vinha com motor 1,6 16V e mais equipamentos de série que nas versões locais, caso do revestimento dos bancos em couro e das rodas de 15 pol com pneus 195/55. Se o desenho agradável do 206 ainda não pedia alterações, a Peugeot fez apenas mudanças sutis — faróis de superfície complexa, grade, lanternas traseiras — em fevereiro de 2004, no que chamou com exagero de nova geração.

A maior novidade estava sob o capô: o tradicional motor de 1,4 litro, oito válvulas, 75 cv e 12,5 m.kgf, de origem francesa e produção local, substituía em parte das versões a unidade Renault 1,0 16V, com ganho importante de torque em baixa rotação, mesmo que os 5 cv não impressionassem diante da cilindrada 40% maior. Como se sabe, já na época os motores 1,0 no Brasil eram "espremidos" para aumento de potência, não raro com fins comerciais — parecer mais dispostos que os da concorrência —, mas deixavam a desejar no uso prático em rotações baixas e médias. As versões passavam a ser Sensation (1,0 16V), Presence, Feline (1,4 ou 1,6 16V) e Rallye (1,6 16V).

A família 206 fluminense crescia em março de 2005 com o lançamento da SW, feita apenas com cinco portas e com ambos os motores do hatch. Competia com Palio Weekend e Parati e, embora mostrasse aspecto mais jovial e esportivo, perdia para ambas em capacidade de bagagem, pouco maior que num hatch pequeno. Já o vidro traseiro com abertura independente da quinta porta era inédito em um carro nacional. As versões Presence e Feline eram as mesmas do hatch, assim como os motores 1,4 e 1,6 16V. Este último passava a ser flexível em combustível dois meses depois, tanto na SW quanto no hatch, mantendo a potência (110 cv) e o torque (14,2 m.kgf) com gasolina, mas passando a 113 cv e 15,5 m.kgf quando rodasse com álcool.

"Aventureira"   Em agosto aparecia a série limitada Holiday (termo inglês traduzível tanto como feriado quanto por alegre, festivo) para o 206 hatch, com três ou cinco portas e qualquer dos motores. Novas rodas de alumínio, faróis de neblina e rádio/toca-CDs estavam entre os itens da edição. O motor 1,4 tornava-se flexível em dezembro, o que lhe deu mais potência: 80 cv com gasolina, 82 cv com álcool, em ambos os casos com 12,6 m.kgf. A mudança representava o fim da aquisição de motores da Renault e o lançamento da versão Sensation — antes restrita ao propulsor 1,0 16V — com o 1,4 Flex. Continua

Os especiais
A preparadora alemã Musketier, dedicada a modelos franceses, oferecia já em 2000 este conjunto aerodinâmico, escapamento com duas saídas centrais e rodas especiais. A Abbes Design fez um bom trabalho para deixar mais esportiva a 206 SW, com novas tomadas de ar no para-choque dianteiro, saias e defletores.
A francesa MTK teve uma boa ideia em 2004: antecipou-se à Peugeot e implantou no 206 CC uma grande tomada de ar (como a que viria mais tarde no 207) na frente redesenhada, que combinava com os faróis especiais e o aerofólio bem integrado ao estilo da traseira. Rodas de 17 pol e molas mais curtas também eram aplicadas. O CC passou também pela Parotech Design. Ganhou para-choque dianteiro "nervoso", para-lamas alargados, um vistoso aerofólio traseiro, rodas de 19 pol e suspensão com sistema pneumático e altura variável. O motor de 2,0 litros recebeu turbo para chegar a 220 cv e o sistema de entretenimento incluía toca-DVDs e computador com internet.
Nas telas
O 206 tem presença frequente em filmes europeus, sobretudo de seu país de origem. Versões convencionais estão no drama francês Alta Tensão (Haute Tension, 2003) e na comédia do mesmo país O Closet (Le Placard), ambas na cor vermelha. Um verde aparece no drama Intervenção Divina (Yadon Ilaheyya, 2002), feito na Palestina, em um cinza em versão esportiva na série de ação francesa Les Bleus (2006-2009).

Nas comédias Amigo é Pra Essas Coisas (Zim and Co., 2005) e Les Bronzés 3 - Amis Pour La Vie (2006), também feitas na França, surgem 206 de auto-escola. Uma versão da Gendarmerie, força policial nacional francesa, pode ser vista na série do mesmo país Une Femme D'Honneur (1996 a 2008), enquanto outro modelo policial passa por cenas de muita ação e chega a capotar no filme Taxi 4 (2007), também feito na terra da Peugeot.

O conversível CC tem presença na comédia francesa Les Gaous (2004) e na alemã Hochwürden wird Papa (2002), feita para TV, nos dois casos na cor azul. Mais um CC desse tom está no filme espanhol El Síndrome de Svensson (2007), que mostra ainda um hatch prata bastante modificado, a ponto de ser difícil identificá-lo de relance. Também é prata o CC da comédia italiana Tutta La Vita Davanti (2008). Um vermelho pode ser visto na comédia francesa Mariage Mixte (2004). No documentário High Octane: Detonate, publicado na Nova Zelândia em 2005, aparece um hatch azul personalizado.

A simulação de um 206 WRC vermelho de rali consta do filme francês No Coração do Tráfico (Go Fast, 2008). Outro com aspecto de carro de rali, mas algo disfarçado e em tom prata, está em Michel Vaillant (2003), filme de ação também da França.
Alta Tensão Les Bleus
Une Femme D'Honneur Taxi 4
El Síndrome de Svensson Michel Vaillant

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