Melhor acabamento, motor V6 de 3,0 litros e 141 cv, câmbio automático: ainda nos anos 80 o Pajero ganhava requintes para atender a um público mais urbano

No começo de 1987 era a vez da versão de luxo, com pintura em dois tons, rodas de alumínio de 15 pol, volante esportivo, acabamento mais requintado e rádio/toca-fitas. Se os adeptos do conforto estavam satisfeitos, faltava atender aos que pediam mais desempenho. Assim, um ano depois estreavam o V6 de 3,0 litros a gasolina, com injeção eletrônica e 141 cv, e o 2,5 turbodiesel com resfriador de ar (pela primeira vez em um 4x4 japonês) e 99 cv. Um 2,5 a gasolina de 103 cv também foi oferecido em alguns mercados. A essa época o mercado americano recebeu uma versão com a marca Dodge, o Raider (leia boxe abaixo).

Mais sofisticado   No final dos anos 80, o mercado mundial já estava repleto de utilitários esporte mais confortáveis e potentes que o defasado Pajero. Havia opções como Nissan Pathfinder, Toyota 4Runner (vendido no Brasil anos depois como a primeira geração do Hilux SW4) e, de 1990 em diante, o Ford Explorer, que assumiria a liderança do segmento nos EUA. Até no Japão, com sua escassez de espaço nas ruas e garagens, esses veículos eram cada vez mais vendidos. Mas Hirokazu Nakamura, que se tornara presidente da Mitsubishi em 1989, sabia da importância dessa categoria e investiu pesado nos modelos 4x4 da marca.

A segunda geração estreava em 1991 com linhas mais refinadas, entreeixos alongado e novo sistema de tração com quatro modos de uso

Para 1992 a empresa apresentava a segunda geração do Pajero, identificada na empresa como V20. Trazia linhas mais arredondadas e sofisticadas, evoluções em conforto e, como antes, opções de três e cinco portas com tamanhos diferenciados. O menor (ainda disponível com teto rígido ou capota de lona) tinha 4,03 m de comprimento e 2,42 m de entreeixos, e o mais longo, 4,65 m e 2,72 m, na ordem. O modelo anterior passou a ser fabricado pela sul-coreana Hyundai (leia boxe abaixo). Continua

Na Coréia do Sul
A sul-coreana Hyundai estabeleceu-se em 1977 em Seul, capital daquele país. Em 1991, com a substituição do primeiro Pajero por sua segunda geração, o modelo antigo passou a ser produzido pela Hyundai com o nome Galloper, o que se manteria até 2003.

O utilitário foi vendido também no Brasil, de início sob a marca Asia Motors. Era oferecido em duas versões de acabamento (Luxo e Super Luxo), sempre na configuração de chassi longo e cinco portas, com sete lugares e tração integral. Podia ser equipado com dois motores: V6 de 3,0 litros a gasolina, com 161 cv, e 2,5 turbodiesel.
Nas pistas
Pode-se dizer que o Pajero nasceu para vencer ralis. Desde o lançamento já ganhou 12 vezes o Rali Dacar — em que é recordista de vitórias — e quatro vezes o Campeonato Mundial de Rali Cross-Country da FIA (Federação Internacional do Automóvel).

Foi em 1983 que a Mitsubishi o levou pela primeira vez ao Dacar, talvez o mais severo rali já criado, que atravessa desertos africanos e impõe desafios extremos a pilotos e veículos. No terceiro ano (1985) ele conquistava o primeiro título, feito que se repetiu em 1992, 1993, 1997, 1998 e de 2001 a 2007 — sete vitórias consecutivas, algo inédito na história do rali.
Pela Dodge
Se hoje existe no mercado americano um picape Mitsubishi Raider derivado do atual Dodge Dakota, no passado a situação era inversa: o Pajero é que foi vendido, de 1987 a 1989, com o mesmo nome Raider pela divisão Dodge da Chrysler. Produzido no Japão, era a tentativa da marca americana de competir com os utilitários esporte locais, como Chevrolet S10 Blazer e Ford Bronco II.

O Raider estava disponível apenas no modelo curto, de três portas, e com dois motores: de quatro cilindros e 2,6 litros e V6 de 3,0 litros, ambos a gasolina. O câmbio podia ser manual de cinco marchas ou automático de quatro, com tração integral.

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