O acabamento Rallye começou com o modesto motor de 60 cv, mas logo foi adotado o de 1,9 litro e 90 cv do Rekord, criando o primeiro Kadett esportivo

O Olympia, em cima, trazia novos estilos de traseira (na foto o cupê) e acabamento superior; o esportivo Sprint levava o motor 1,9 até 106 cv

O que realmente os diferenciava do Kadett original eram os formatos de carroceria: tanto os sedãs de duas e quatro portas quanto o cupê seguiam um perfil fastback na traseira, com formas diferentes das lançadas em 1965. Na mesma época, toda a gama recebia painel e volante remodelados, lanternas traseiras maiores (exceto a Caravan), suspensão traseira com molas helicoidais e barra Panhard, coluna de direção retrátil (para absorver impactos em caso de colisão) e freios com servoassistência, duplo circuito hidráulico e discos na dianteira. Na perua, outra novidade estava nas cinco portas.

A revista italiana Quattroruote, ao avaliar o Kadett Rallye de 1,9 litro, destacou as melhorias: "Com um motor potente para suas dimensões, permite um ritmo brilhante mas, ao mesmo tempo, com conforto de marcha. A nova potência requeria uma adequação dos elementos da suspensão e a adoção de um diferencial autobloqueante, pois em curva sente-se a roda interna girar em falso". Também dirigido, o Olympia mostrou "um interior muito bem-acabado e um desempenho brilhante".

Na linha 1969 a Opel introduzia a opção de caixa de câmbio automática de três marchas — de início só para o motor 1,7, depois também para o 1,1 —, produzida na fábrica da GM em Strasbourg, na França. No ano seguinte aparecia a versão Sprint, derivada da Rallye, mas com o perfil do LS, dois carburadores Weber e 106 cv no motor de 1,9 litro. Em 1971 a unidade 1,1 crescia para 1,2 litro, passando a 60 cv e 9 m.kgf. Essa geração contou com sedãs de duas e quatro portas, fastbacks nas mesmas opções, cupê e peruas de três e cinco portas, em um total de 28 versões do Kadett e nove do Olympia. Com vida longa — foi fabricada até 1973 —, alcançou 2,6 milhões de unidades. Continua

Os conceitos
Para surpresa de quem vê inovação no atual Chevrolet Volt, um carro elétrico que pode ter as baterias recarregadas por um motor a gasolina, a General Motors já estudava esse arranjo na década de 1960... e em um Opel Kadett B.

O protótipo de 1969, chamado de Kadett Stir-Lec I (ao lado) e anunciado como "o carro que faz sua própria eletricidade", tinha um motor elétrico para as rodas traseiras, alimentado por 14 baterias de chumbo-ácido na frente. A recarga dessas não cabia a uma fonte externa, mas a um motor Stirling. A velocidade máxima mal chegava a 90 km/h e, com baterias como as usadas no sistema elétrico de qualquer automóvel, é improvável que tivesse boa autonomia.
O Kadett C serviu de base para o Opel Safety Vehicle 40 (veículo de segurança Opel), ou OSV-40, em 1974. O sedã de quatro portas tinha diferenças como para-choques de plástico, capazes de resistir a impactos a 5 km/h sem danos, e grade em duas partes, lembrando a de nosso Chevette 1978. Mas o principal estava em sua resistência a colisões.

O número 40 indicava a velocidade em milhas por hora (65 km/h) a que ele suportava um impacto em barreira indeformável. A Opel pretendia provar que tal robustez não seria privilégio de carros grandes e pesados — de fato, o OSV-40 pesava apenas 960 kg, pouco mais que o modelo de produção.
Na geração E, o Kadett de três portas foi base para o projeto Impuls, de propulsão elétrica. A cidade alemã de Munique pretendia banir os carros com motor a combustão em 1995, por causa das emissões poluentes, e fábricas como a Opel lançaram-se a buscar alternativas.

O Impuls usava um motor elétrico de apenas 22 cv, suficiente para alcançar 100 km/h, enquanto a bateria de cádmio pesava 310 kg, permitia autonomia de 80 km e levava cinco horas para a recarga total. Felizmente para muitos, a restrição alemã nunca aconteceu e os carros a gasolina e a diesel continuam a rodar.

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