

Enquanto o 4-4-2 era um Olds
para pessoas dinâmicas, as exigentes em requinte tinham o Cutlass
Supreme Holiday sem coluna central



Nos cupês Holiday (vermelho) e S
(branco) ou no 4-4-2 conversível, os modelos 1968 do Cutlass impunham-se
pela saliência central da grade |
Em 1966 o Cutlass recebia uma carroceria reestilizada. A grade em
formato de osso estava mais imponente e pronunciada. Mantinham-se os
faróis circulares e a grade com fundo preto, assim como os para-choques
cromados, que estavam rentes à carroceria. Os para-lamas traseiros no
famoso formato de garrafa de Coca-Cola já havia sido adotado em quase
toda a linha GM. O novo estilo ficou bem no sedã de quatro portas sem
coluna, no cupê, no conversível, no novo
fastback e também na bela perua Vista Cruiser. Todos eles tinham
ótimo porta-malas e mantinham a carroceria apoiada em chassi com
longarinas longitudinais. Essa foi uma das roupagens mais felizes de
toda a série Cutlass. Pouco maior, o sedã estava com 5,21 m de
comprimento.
Os modelos disponíveis eram o mais simples F-85, o intermediário Cutlass
S e o Cutlass Supreme, mais luxuoso, que contava com mais cromados
externos, calotas sofisticadas e teto de vinil. O F-85 e o Cutlass S
ofereciam o motor com seis cilindros em linha, com 155 cv e 31,5 m.kgf,
e o mais potente Jetfire Rocket V8 com 5.408 cm³, carburador de corpo
duplo Rochester, 250 cv e 46,2 m.kgf. A velocidade final de 175 km/h
atendia bem à proposta. Já a versão Supreme contava com o novo Jetfire
Rocket, que tinha 320 cv e com o qual chegava aos 185 km/h. A mais
festejada ainda era a 4-4-2, que tinha a difícil tarefa de enfrentar o
Chevrolet Chevelle SS 396, o Pontiac GTO, o Buick Skylark Gran Sport, o
Ford Fairlane GT/A e o
Mercury Comet Cyclone GT. Continuava com o motor V8 de 400 pol³, mas
a cavalaria subia a 350 e o torque chegava a 60,9 m.kgf.
Agora o carro acelerava até 96
km/h em 6,2 segundos e passava pelos 170 km/h em 14,5 s com o câmbio manual de quatro marchas. Um jato
apesar dos imponentes
1.585 kg.
Com a caixa Turbo-Hydramatic de três velocidades, que substituía a
antiga de duas, ainda era um pouco mais lento. Em compensação, esse
câmbio oferecia um modo de reduções automáticas: bastava selecionar a
posição baixa para que, dentro do limite de 5.200 rpm, fossem
sucessivamente aplicadas as marchas mais baixas possíveis para a
velocidade. Havia ainda o pacote especial W30, que trazia modificações
internas no motor e sistema de admissão
forçada de ar. A variedade de carrocerias — cupê convencional,
hardtop e conversível — e de acabamentos, básico e Holiday, continuava
um destaque do 4-4-2.
Em teste com o modelo 1967 do esportivo, a revista Car & Driver
considerou-o o carro de melhor comportamento dinâmico de sua categoria
já avaliado: "Em vez do horroroso subesterço
geralmente encontrado nos carros nacionais, o 4-4-2 é basicamente neutro
sob todas as condições, embora qualquer um que queira fazê-lo sair de
traseira possa induzir facilmente o
sobresterço por aplicação de potência". Houve críticas ao interior,
com volante muito próximo do motorista e leitura difícil de alguns
instrumentos, mas o conforto de marcha, o desempenho do motor e os novos freios
dianteiros a disco
— que, afinal,
resolviam a antiga deficiência dos tambores —
foram
elogiados. A revista concluiu que o Olds oferecia "o melhor equilíbrio
entre desempenho e praticidade".
Marcante e mais potente
A terceira geração do
Cutlass estreava em 1968 com uma carroceria totalmente nova, de linhas
curvas e bem marcantes. O cupê e o conversível tinham 2,84 m de
entre-eixos, enquanto o sedã de quatro portas e a perua Vista Cruiser
chegavam a 2,95 m. O comprimento total do sedã era de 5,12 m e o peso de
1.595 kg. Continuava com quatro faróis circulares em molduras quadradas
e entre eles ficava a luz de direção. A grade aparecia em uma
protuberância bastante imponente. Atrás as lanternas estavam
inseridas no parrudo para-choque cromado. No F-85 a grade tinha frisos
cromados verticais e na versão 4-4-2 era toda preta. Visto de lado era
muito bonito em qualquer uma das versões. Mesmo na versão quatro portas
e na perua havia imponência.
Ainda era muito confortável para cinco pessoas e a suspensão
tradicional continuava. O 4-4-2 contava com duas opções de motores V8
com os mesmos 6,6 litros. O mais manso, chamado de Turnpike Cruising,
fornecia
290 cv e 58,7 m.kgf com uso de dois carburadores duplos; acima vinha a opção W30,
com admissão forçada, carburador de corpo quádruplo Rochester, comando
de válvulas mais "bravo" e tomadas de ar junto às novas luzes de
posição. Com 360 cv (que caíam para 325 cv
no caso de caixa automática, perdendo a sigla W30), fazia o quarto de
milha (0 a 400 metros) em 15 segundos e de 0 a 96 km/h em 6,7 s. Era um
autêntico musculoso.
Continua
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