Depois de uma opção 1,5 a diesel de 65 cv complementar a oferta de motores para o mercado interno e, em 1998, um motor 1,8 a gasolina de 91 cv com injeção enriquecer a gama também para outros mercados, a injeção multiponto passou a equipar o motor 1,7 em 2000. No ano seguinte teve início a comercialização de uma versão 1,9 diesel de 92 cv com turbocompressor, também de origem Peugeot-Citroën. Nessa época, a VAZ já fabricava o inusitado projeto 2123 (leia boxe), utilitário compacto e moderno desenvolvido em parceria com a Opel, braço alemão da GM. Embora pensado como substituto do Niva, seu destino foi bem mais curioso.

Uma versão curiosa do Niva foi o picape VAZ 2329, com cabine dupla e maior entreeixos que o do jipe básico

Em 2002, quando foi lançado, o 2123 acabou por adotar o nome Chevrolet Niva, levando com ele a reputação conquistada pelo antigo utilitário da Lada, ao mesmo tempo em que introduzia uma das marcas mais americanas ao mercado russo. Era uma forte indicação de que, ao menos para o consumidor, os ânimos exaltados dos tempos de guerra fria eram mesmo coisa do passado. Mas, seria esse o fim do Lada Niva? De forma nenhuma. Demonstrando a mesma resistência de fora da estrada no mercado, o modelo prosseguia no catálogo do fabricante russo, agora chamado apenas de Lada 4X4.

A plataforma do Niva original ainda rendeu a primeira minivan da marca, a Nadeshda. Portanto, mesmo obsoleta, a tecnologia do jipe ainda equipa não só o próprio modelo (o agora Lada 4X4), como alguns dos mais recentes lançamentos russos. Se em termos de conforto e sofisticação — seu lado carro de passeio — o Niva é rústico demais para os padrões que se estabeleceram desde os anos 90 entre os utilitários esporte, ele nunca negou fogo na lama. Seus talentos longe do asfalto e seu preço acessível conseguiram apresentar o universo das competições fora-de-estrada a um público que não teria esse acesso de outra maneira.

Com base no cinco-portas de traseira alongada e teto alto -- a versão 2131 --, o jipe era transformado em uma robusta ambulância, capaz de prestar socorro em locais quase inacessíveis

Trinta anos depois, o veículo originalmente criado para trafegar na zona rural do mais extenso país do planeta ainda é reconhecido por suas habilidades esportivas, resistência e frugalidade comprometida com sua proposta. Mesmo tendo gerado uma grande inversão de expectativas, o Lada Niva alcançou um prestígio mundial bem maior que o previsto. Prova disso é que a concorrência cresceu enormemente, mas ele resiste sem grandes alterações. Talvez não por muito mais tempo, é verdade. Mas, só pelos anos em que o Niva se manteve no mercado, ele já é o carro genuinamente russo mais memorável criado por essa indústria.

Ficha técnica
_ Niva 1600 (1990) Niva 1700 (1990)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 4 em linha
Comando e válvulas por cilindro no cabeçote, 2
Diâmetro e curso 79 x 80 mm 82 x 80 mm
Cilindrada 1.570 cm3 1.690 cm3
Taxa de compressão 8,5:1 9,3:1
Potência máxima 76 cv a 5.400 rpm 81 cv a 5.000 rpm
Torque máximo 12,4 m.kgf a 3.000 rpm 12,9 m.kgf a 4.000 rpm
Alimentação carburador de corpo duplo
CÂMBIO
Marchas e tração 5, integral
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco / a tambor
SUSPENSÃO
Dianteira e traseira independente / eixo rígido
RODAS
Pneus 175/80 R 16
DIMENSÕES
Comprimento e entreeixos 3,72 m / 2,20 m
Peso 1.150 kg 1.210 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 130 km/h 137 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 24,0 s 22,0 s

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