O motor dianteiro, montado em posição transversal como previsto no projeto, tinha cilindrada de 848 cm³, quatro cilindros em linha e potência (líquida) de 30 cv a 5.500 rpm. Era alimentado por um carburador SU em posição semi-invertida. O carrinho tinha tração dianteira (outro recurso raro na época e que contribuía para o espaço interno) e caixa de quatro marchas, sendo a primeira não sincronizada. A velocidade máxima de 115 km/h era suficiente para sua proposta. |
O interior do Mini era simples ao extremo, com um cilindro servindo de painel de instrumentos, poucos comandos e janelas de correr, o que liberava espaço para objetos |
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Tanto motor quanto câmbio do Mini foram aproveitados do Austin A35,
modelo de tração traseira. Por isso, ele permanece até hoje como
único automóvel de motor transversal com última marcha direta (1:1),
sem interposição de engrenagens como em todos os
transeixos conhecidos. Para isso foi
necessário desenvolver uma embreagem diferente das existentes até
então e adicionar uma engrenagem intermediária, para levar movimento
do motor à caixa. Outra curiosidade era o radiador no lado esquerdo,
também em posição transversal. Consta que nos primeiros testes o
motor superaqueceu. A causa era o ventilador puxar ar da caixa de
roda, região de baixa pressão, para o compartimento do motor,
resultando em pouco ar. Bastou inverter o passo da hélice para
resolver o problema. |
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Além de leve e compacto, o carrinho trazia uma interessante suspensão com elementos de borracha em vez de molas e amortecedores, o que contribuía para o comportamento esportivo, sempre comparado ao de um kart |
Apesar do rodar não muito confortável, o esquema se mostrou satisfatório: a estabilidade do Mini era um ponto alto, para o que contribuía a colocação das rodas nas extremidades da carroceria (diminui o momento polar de inércia). Os freios a tambor davam conta do recado e a medida dos pneus era 5,20-10. O comportamento da direção era dos melhores, graças ao pioneiro uso de juntas homocinéticas do tipo Rzeppa, como as dos carros atuais. Antes dele, carros de tração dianteira tinham a direção muito sensível à aplicação de potência, alterando-se em peso e passando movimentos indesejáveis para o volante. Continua |
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