A edição especial do décimo aniversário: rodas e pintura exclusivas, câmbio de seis marchas e até certificado de autenticidade

Dois tons de couro, instrumentos com anéis cromados e volante Nardi na série limitada, que teve 7.500 compradores nos diversos mercados

O motor turbo de 180 cv dava alto desempenho ao Mazdaspeed MX-5, que trazia cores intensas por fora e por dentro e belas rodas de 17 pol

Trazia pintura exclusiva, revestimento interno em dois tons de couro, anéis cromados no painel de instrumentos, volante Nardi, áudio da marca Bose, rodas cromadas, suspensão mais firme e, pela primeira vez, uma caixa manual com seis marchas. Os 7.500 compradores também recebiam um certificado de autenticidade assinado pelo presidente da empresa James E. Miller, uma miniatura do Miata, relógios Seiko e uma chave especial. O câmbio de seis marchas trazia um presente a mais aos proprietários: conseguia baixar a aceleração de 0 a 100 em 0,3 segundo pela maior proximidade das relações entre si (close ratio), o que mantinha o motor "cheio" nas mudanças.

O modelo 2000 marcou o início das vendas da versão LS, mais cara. Esta incluía interior em couro marrom, rodas especiais e áudio Bose. No ano seguinte a Mazda se viu em uma polêmica nos EUA: a potência de 144 cv, referente às versões vendidas na Austrália e Japão, não se confirmava nos carros dos EUA, que na verdade tinham 134 cv. O erro foi apontado por vários proprietários e pela mídia especializada, que estranharam não haver o esperado aumento de desempenho. A solução que os japoneses encontraram foi recomprar os carros e, para aqueles que preferissem ficar com seus Miatas, um bônus de US$ 500 para ser usado nas concessionárias da marca.

Esse deslize não impediu que o Miata entrasse no Guiness Book, o livro dos recordes, como o carro conversível de dois lugares mais vendido no mundo. Em busca de mais desempenho os australianos apresentavam, em 2002, o MX-5 SP. Vendido apenas na terra dos cangurus, o SP recebia turbocompressor no motor de 1,85 litro, o que levava a potência a 213 cv. Apenas 100 unidades foram produzidas. Mirando o público jovem, a Mazda iniciou no ano seguinte uma campanha para atraí-los com a produção do Miata Shinsen, nome que na língua japonesa significa novidade. Inserido entre as versões básica e de topo, trazia uma série de equipamentos de conforto, como controlador de velocidade e acabamento em alumínio, unidos a toques de estilo.

O ano de 2004 marcou a estreia do Mazdaspeed MX-5, parte da série de alto desempenho que abrangia vários modelos da empresa (no Japão era chamado apenas de Roadster Turbo). Diferente da versão australiana, recebia o turbo para uma potência de 180 cv e torque de 22,9 m.kgf. Ainda era equipado com resfriador de ar, suspensão revista, rodas mais esportivas de 17 pol e modificações no câmbio. Disponível em cores vivas como vermelho e laranja, além de prata e preto, teve menos de 5.500 exemplares fabricados. No Japão, 350 carros receberam um teto rígido para criar um cupê. Em março daquele ano era feito o Miata de número 750 mil.

Conceito revisto   Mesmo com os melhores predicados, a segunda geração não repetiu o sucesso de vendas da primeira. Talvez isso tenha feito a Mazda apressar para a linha 2006 a terceira geração do roadster, que adotava a denominação MX-5 como padrão mundial. Em termos de desenho o pequeno japonês estava mais interessante. Os projetistas conseguiram atualizar o desenho original sobretudo na dianteira que, mesmo com faróis tradicionais, de longe lembrava o primeiro Miata. As unidades tinham aparência bastante inclinada graças a uma máscara aplicada sobre elas, que seguia os contornos da carroceria baixa e larga. As laterais continuavam limpas, mas as caixas de rodas recebiam um vinco pronunciado que, juntos às belas rodas, davam um aspecto musculoso ao carro. A traseira seguia a tradição da primeira geração e continuava elegante. Continua

Os especiais
Como seria colocar um poderoso V8 norte-americano em um roadster que, na configuração original, tem menos de uma tonelada de peso? Pois a Monster Motorsports fez isso. Uma unidade de 5,0 litros era aplicada ao pequeno MX-5 (foto superior), entregando 228 cv e 41,4 m.kgf. O câmbio manual, vindo do Ford Thunderbird, tinha cinco marchas. O resultado? Aceleração de 0 a 96 km/h em apenas 4,2 segundos, mais rápido que o Dodge Viper (4,5 s) e o Corvette ZR-1 (5,2 s) da época em testes da revista Motor Trend.

Para os mais afoitos, um compressor podia ser acrescentado ao V8. O Mega Monster Supercharger V8 entregava 405 cv e 51,8 m.kgf, nada mal para quem nasceu com um quatro-cilindros de 1,6 litro. Havia extensas modificações mecânicas, até mesmo com barra de proteção em caso de capotagem. Para os mais comportados a própria Monster aplicava turbo e resfriador de ar no motor de 1,6 litro, além de modificações em rodas, pneus e suspensão. Assim equipado o carro entregava 178 cv.

Outras empresas também ofereceram alternativas para deixar o MX-5 mais rápido. A Racing Beat apresentou em 2000 um modelo de segunda geração levemente apimentado: novos filtro de ar e escapamento para um ganho de 14 cv (de 144 para 158 cv) no motor de 1,85 litro, câmbio de seis marchas da edição de 10 anos do modelo, molas esportivas da própria empresa, amortecedores Koni, rodas mais largas.

A Flyin' Miata instalava um turbo no motor 1,85 do modelo 2002 (foto inferior) e modificava cabeçote e escapamento, deixando-o com 263 cv e 35,9 m.kgf. Nem mesmo as bielas permaneciam originais para que a durabilidade não fosse afetada. Rodas, pneus, freios, suspensão e embreagem acompanhavam o novo padrão de desempenho.

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