A nova carroceria de 1973 estava ainda maior, com mais de 5,5 metros; os faróis continuavam expostos e as luzes de direção vinham mais avançadas

A Country Squire 1974, com a porta traseira abrindo-se para o lado para acesso ao banco adicional, e o LTD 1976, de novo com faróis ocultos

O LTD II foi uma opção compacta de 1977 a 1979, com base no antigo Torino, para suprir a lacuna até que chegasse o novo e reduzido LTD

Um novo carro ficava pronto em 1973. As linhas seguiam a tendência da época: dois pares de faróis circulares (os escamoteáveis haviam sido abolidos pouco antes), ladeados por toda a grade cromada, e luzes de direção avançadas nos pára-lamas — recurso de estilo que a Ford brasileira também usaria na linha Galaxie, embora se baseasse na carroceria americana de 1965. Suas medidas continuavam generosas, como deveriam ser em um carro dessa categoria. O entreeixos de 3,07 m garantia farto conforto aos ocupantes; o comprimento era de 5,54 m, a largura de 2,01 m e a altura de 1,36 m.

Na perua Country Squire, a porta traseira (com vidro que descia a um comando elétrico) abria-se para o lado e dava acesso a um banco adicional para crianças, montado na lateral esquerda do compartimento de bagagem. O motor básico do LTD era o Windsor V8 302 de 4,95 litros, conhecido pelo nome da cidade onde era fabricado. Com as novas regras de divulgação de valores líquidos e o uso de gasolina sem chumbo tetraetila — abolido pelas normas de controle de emissões poluentes —, que impunha menor taxa de compressão, desenvolvia 140 cv e 33,4 m.kgf, insuficientes para o peso do LTD.

Em seguida a opção era o V8 de 351 pol³ (5,8 litros), cujos 165 cv e 38,3 m.kgf ainda não eram grande coisa para mover quase duas toneladas. As duas outras opções eram o Cleveland 400 de 6,6 litros (170 cv, 44,7 m.kgf) e o 460 de 7,5 litros (215 cv e 47,3 m.kgf). A suspensão agora usava molas semi-elípticas atrás, mas os freios continuavam a tambor nas quatro rodas.

Faróis escamoteáveis voltavam a ser adotados em algumas versões em 1975. Dois anos depois, diante da redução de dimensões adotada pela General Motors no concorrente Caprice, a Ford espetava a concorrente na publicidade do LTD: "O carro grande que manteve seu tamanho"; "O porte de um Cadillac ao preço de um Chevrolet reduzido em dimensões". Mas o processo conhecido por downsizing era uma realidade, que ganhava fôlego com o aumento do preço do petróleo e as normas de emissões poluentes, e dele a Ford não podia escapar.

Nessa época a empresa fazia mudanças profundas na linha. Enquanto o LTD continuava no topo da gama, outro modelo, baseado no médio Torino que acabara de sair de produção, recebia o nome LTD II. Possuía uma frente estranha, com dois faróis retangulares sobrepostos de cada lado, distantes da grade e das luzes de direção. Oferecia versões de duas e de quatro portas, um pacote mais esportivo (o Sports Touring) e os motores V8 de 4,95, 5,8 e 6,6 litros. Durou apenas dois anos.

Cortando calorias   Em 1979 a Ford apresentava um novo LTD, de dimensões menores que o antecessor. Agora media 5,3 m de comprimento, com 2,9 m de entreeixos, e o peso baixava bastante, 1.560 kg. A publicidade o definia como um carro com "o tamanho de hoje", forma sutil de admitir que a redução promovida antes pela GM era necessária. Mas se justificava com "o maior espaço interno que o de qualquer LTD até hoje". Outras novidades eram o ganho de capacidade do porta-malas, as portas mais amplas e, como esperado, o menor consumo de combustível. Continua

Em escala

Carros clássicos, de sucesso e de boas vendas são um prato cheio para as empresas de miniaturas. Algumas fases dos grandes Fords são bem representadas, como o primeiro Crown Victoria, de 1955, da Yat Ming (acima). Na escala 1:18, vem com pintura em dois tons, a famosa "tiara" de aço no teto e o teto de vidro.

Já a Gearbox oferece ao consumidor réplicas do modelo 2000 nas cores de diversas polícias americanas, na escala 1:43, com detalhamento razoável. A Autoart produz também uma bela miniatura na escala 1:18 do modelo 1999 usado pela polícia de Nova York (acima), com bom nível de detalhamento. Há também o modelo com a pintura da polícia de Los Angeles e outro da polícia rodoviária da Califórnia, além do clássico utilizado pelo FBI e a CIA, todo em preto.

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