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O motor V8 do Range Rover trazia força, mas não alta velocidade, e o interior ganhava um pouco de conforto; em 1982 chegava o picape com caçamba mais longa

Enquanto mais um concorrente chegava — o Mercedes-Benz Classe G, que também tinha motores a gasolina ou a diesel —, era apresentada em 1979 a versão 109 V8. Com a grade um pouco mais avançada, recebia o motor com oito cilindros em “V” de 3.532 cm³ do Range Rover em versão menos potente, com 92 cv a 3.500 rpm e 23 m.kgf a 2.000 rpm, alimentada por dois carburadores. Com peso de 1.800 kg, alcançava ainda modestos 120 km/h. O motor era exclusivo da versão longa. A suspensão passava a usar molas helicoidais, os freios dianteiros eram a disco e a tração 4x4 tornava-se permanente no caso do V8.

Em 1982 chegava a versão 109 HCPU (high capacity pickup, picape de alta capacidade), com caçamba 45% maior. Todos os modelos já dispunham de painel novo à frente do motorista com ampla instrumentação, bancos reclináveis com encosto de cabeça, vidros verdes e faróis de neblina. Estavam se adaptando a modernidade sem perder o charme. As carrocerias podiam ser em alumínio anodizado ou aço galvanizado. E os clientes tinham uma enorme quantidade de acessórios disponíveis, para atender à necessidade de cada um.

A versão County, rejuvenescida, recebia faixas laterais na mesma cor da capota, teto solar removível e interior mais bem-acabado, silencioso e confortável. Um ano depois os motores de quatro cilindros recebiam virabrequim com cinco mancais em vez de três, deixando o funcionamento mais suave. Por fora estava mais jovem: pára-brisa inteiriço, uma grade preta que preenchia toda a frente, luzes de direção do lado externo dos faróis e, nos pára-lamas, extensões que podiam ser pretas ou na cor da carroceria. Em 1989 era lançado mais um Land Rover: o Discovery, uma variação mais modesta do Range Rover, porém mais moderna do que o modelo tradicional. Continua

Sob licença
A empresa Tabanera Romagosa, em Madri, era o representante espanhol da Land Rover desde 1953. Quando o governo local desestimulou as importações de veículos, mediante aumento de impostos, a empresa decidiu fabricar sob licença nas instalações da MSA (Metalurgica de Santa Ana) o jipe inglês, que chegava ao mercado em 1958 com o nome de Santana (foto), tanto na versão longa quanto na curta.

Os espanhóis acompanharam as evoluções dos britânicos até que, em 1979, passaram a adotar melhorias independentes, como pára-brisa inteiriço, teto em plástico e caixa de câmbio própria. Mas as relações entre as empresas pioraram e, sob protestos da Rover, o Santana deixou de ser produzido em 1994. A empresa passou a fazer versões locais dos pequenos jipes da Suzuki.

Uma tentativa de voltar ao Land Rover aconteceu em 2001 com o Santana PS10 Anibal, com ligeiras mudanças de estilo e motor Iveco turbodiesel de 2,8 litros, mas a iniciativa não teve êxito. Como também não deu certo a idéia de produzi-lo em Palmas, Tocantis em 2003, pela empresa Fabral (Fábrica Brasileira de Automóveis) e com o nome Jalapão.

Na Bélgica, a empresa Minerva produzia sob licença o Standard Vanguard. Diante do interesse do governo belga em um veículo leve para uso militar, contatou a Land Rover e passou a produzir o jipe, o que fez de 1952 a 1956.

Para ler
Land Rover: The Incomparable 4x4 from Series 1 to Defender - por Paul Woods, editora Iconografix. Parte da Ludvigsen Library, o livro de 2006 concentra-se no Land original, sem esquecer as versões de cabine avançada e as militares. São 128 páginas em inglês.

Original Land Rover Series I - por James Taylor, editora Bayview. Tem 128 páginas e 200 fotos em cores. Lançado em 1996, é bastante detalhado por se ater à primeira série do modelo. Chega a mostrar diferenças entre as versões inglesas e as exportadas para Austrália, EUA e Canadá.

Land Rover Series I, II, IIA - 1948-1971 - Gold Portfolio -
por R. M. Clarke, editora Brooklands. O conhecido autor tem mais uma coletânea de testes em estrada e fora dela, guias de compra, dados técnicos e históricos. De 2005, a obra em inglês traz 168 páginas.

Land Rover: Simply the Best - por Martin Hodder, editora Haynes. "Simplesmente o melhor", o utilitário inglês tem sua história contada com detalhes neste livro de 1999.
Inclui Range Rover, Discovery e Freelander, a importância militar do jipe e sua participação no Camel Trophy. Tem 160 páginas em inglês.

Land Rover Series III: 4x4 Performance Portfolio - 1971-1985 -
por R. M. Clarke, Brooklands. Com igual proposta à do outro de mesmo autor, o livro de 1998 tem 140 páginas em inglês e destaca a série 3 do Land, com versões de quatro e seis cilindros.

Land Rover: Series One to Freelander (Crowood Autoclassics) - por Graham Robson, editora Crowood. Recente, publicado em maio de 2007, a obra de 232 páginas em inglês cobre quase seis décadas de evolução dos fora-de-estrada britânicos.

Aventuras no Camel Trophy - Dois Brasileiros no Inferno de Bornéu - por Carlos Probst e Tito Rosemberg, editora José Olympio. Foi escrito pelos brasileiros que participaram desta aventura na ilha, que fica na Oceania, perto da Indonésia e das Filipinas. Tem 192 páginas com fotos e vários desenhos muito bem feitos. Ótima leitura.

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