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Charmosa parceria: um Diablo personalizado constou do catálogo da Victoria's Secret de 1998, mas nenhum carro foi encomendado por ele

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Faróis fixos em toda a linha, motor com variação de tempo de válvulas, freios ABS: o Diablo 1999 aderia às tendências sem perder a identidade

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O VT Roadster continuava disponível e, a exemplo do cupê, recebia um painel com melhor integração entre quadro de instrumentos e console

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Um Diablo branco foi decorado com interior creme e logotipos VS, ainda em 1998, para constar do catálogo daquele ano da Victoria's Secret, marca de roupa íntima feminina nos EUA. Tinha rodas de 18 pol, sistemas de áudio e navegação Alpine e malas feitas sob medida. O carro da campanha foi vendido, mas nenhum outro foi encomendado.

Como acontecera com o Countach por 16 anos, o Diablo passou por poucas alterações de estilo em seus 11 anos de produção — sinal de um desenho eficaz. A reforma mais abrangente chegou no Salão de Paris de 1998, quando os faróis escamoteáveis (então já abandonados por quase todo fabricante de carros esporte) deram lugar a unidades fixas, com um refletor comum e um do tipo elipsoidal por lado, sem alterar muito a forma da parte dianteira. Apenas um par de faróis auxiliares e rodas redesenhadas eram outras mudanças, ao lado do painel reformulado. Agora havia maior integração entre quadro de instrumentos, difusores de ar, a seção com aparelho de áudio e comandos e o console central. Ar-condicionado com controle automático de temperatura era oferecido. O VT ganhava rodas de 18 pol, ainda em três peças.

Na mecânica, o motor ainda de 5,7 litros adotava variação de tempo de abertura das válvulas, o que aumentava a potência para 530 cv a 7.100 rpm e o torque para 61,7 m.kgf a 5.500 rpm. Bastavam 3,6 s para passar de 0 a 100 km/h. Enfim em dia com as tendências, o Diablo ganhava sistema antitravamento (ABS) nos freios de maior diâmetro e bolsas infláveis frontais em parte das versões. Como antes, a oferta de personalização era um destaque do carro, que permitia até mesmo solicitar diferentes relações de marcha. O catálogo padrão já oferecia três opções de diferencial: normal, mais curta para melhorar — ainda mais — as acelerações e outro mais longo, destinado a obter rotação mais baixa em alta velocidade.

No teste da revista italiana Quattroruote, a versão VT Roadster foi elogiada pelo desempenho "exaltante", a ótima frenagem e por ser seguro e fácil de dirigir — para seu patamar de potência, é claro —, com boas notas também para direção, acabamento, câmbio e posição de dirigir. Visibilidade lateral e traseira, acesso ao interior e (ainda) o peso do pedal de embreagem foram pontos criticados.

Quem quisesse um Lamborghini ainda mais rápido deveria optar pela inédita versão GT, apresentada em 1999 no Salão de Genebra, com produção restrita a 80 unidades — todas para o mercado europeu, pois não foi feita homologação para os Estados Unidos ou o Japão. O V12 crescia para 6,0 litros, mediante aumento de curso dos pistões, e ganhava sistema individual de admissão com uma borboleta de aceleração por cilindro, escapamento mais livre, bielas de titânio e virabrequim mais leve. O resultado: 575 cv a 7.300 rpm e 64,2 m.kgf a 5.500 rpm para um peso reduzido a 1.460 kg, que se traduziam em máxima de 345 km/h (com transmissão mais longa) e 0-100 em 3,9 s. Câmbio com várias opções de relações de marcha a critério do comprador e alavanca mais voltada para o motorista, suspensão recalibrada e com menor altura de rodagem e freios mais potentes (que mantinham o ABS) acompanhavam o leque de alterações técnicas.

A carroceria ficava bem mais imponente com para-lamas alargados, saída de ar no capô dianteiro, tomada de ar retangular no fim do teto e elementos em tom negro — tomada de ar frontal, saias laterais e aerofólio. As rodas OZ de 18 pol tinham aro de alumínio forjado, mais leve e resistente, e as lanternas traseiras passavam a conter as luzes de neblina e de ré, antes montadas no para-choque. Bancos de competição revestidos em camurça sintética, com cintos de quatro pontos, e volante menor davam o tempero no interior. Como a visão traseira era muito prejudicada pela tomada de ar adicional, a fábrica oferecia uma câmera montada abaixo do aerofólio cujas imagens apareciam em uma tela do painel, usada também pelo navegador por satélite e pelo sistema de áudio Alpine. A exemplo do SV, o GT também deu origem a uma versão para as pistas, o GTR.

"Um diabo com que se pode conviver": assim resumiu a inglesa Autocar como destaque do GT em um teste naquele ano. O ponto mais negativo? Ser "satanicamente rápido". A revista explicava: "O peso e a grande largura do Diablo sempre significaram que ele tinha de usar sua potência de gigante para compensar nas retas o que perdia nas curvas e, apesar de muito melhorado em relação a versões anteriores, isso ainda se aplica ao GT. De dentro ele parece enorme e muito intimidador, mas, uma vez acostumado, é possível desfrutar um pouco do comportamento do carro em vias públicas."

É verdade que a versão estava mais civilizada do que os antigos Diablos: "A direção é leve e precisa, o controle de carroceria foi muito melhorado e ele é, pelo menos, tão controlável no limite quanto o Ferrari 360 Modena, apesar de ter mais um terço de potência e 100 kg adicionais. No que o GT não é bom é em oferecer qualquer forma de conforto. Se o ronco dos vastos pneus não o fizer desistir de longas viagens, a suspensão dura como rocha o fará." A revista concluiu definindo-o como "uma experiência única", mas que causava frustração, após um ou dois dias de sorrisos, pelos compromissos e concessões que seu caráter esportivo exigia. Continua

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O SV acompanhava a renovação visual da linha 1999 e passava a oferecer bolsas infláveis, mas sua antiga vantagem em potência desaparecia

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