

"Dentro, bem no fundo, ele é um
VW"; "O VW é o vermelho": nos EUA, a publicidade buscava carona na
imagem já conquistada pelo besouro |
Já estava sendo exportado para os Estados Unidos. Havia poucas
diferenças para o modelo original, uma delas a barra que reforçava os
pára-choques. O sucesso na Califórnia e na Flórida era grande, sobretudo
do bem-vindo conversível. Em 1959 os pára-lamas traseiros ficavam
maiores e havia novas maçanetas nas portas. Por dentro recebia um
porta-objetos debaixo do painel. No conversível era oferecido como
opcional um bagageiro cromado sobre a tampa do motor.
Um ano depois o Karmann Ghia recebia mudanças na frente. Os faróis
estavam mais altos, as entradas de ar maiores e mais bem-acabadas e os
pára-lamas mais largos. O capô dianteiro também ganhava novo formato. O
conjunto estava mais moderno, sem perder o charme do primeiro modelo.
Atrás vinham novas lanternas em forma de amêndoa e, melhorando a aeração
interna, os vidros traseiros passavam a ser basculantes.
Em 1961 o motor ganhava mais 4 cv, fazendo o torque passar a 8,8 m.kgf e
elevando a velocidade máxima em 4 km/h. Ainda estava muito manso, mas
fazia sucesso. A concorrência reagia: na França era lançado o
Renault Caravelle/Floride, que tinha
basicamente o mesmo conceito, com tração e motor traseiros e preço
equivalente. Ainda nesse ano os pára-choques reforçados, antes restritos
ao mercado americano, passavam a ser opcionais na Europa.
Evolução gradual
A cada ano havia
novidades e o pequeno esportivo ia evoluindo. Em 1962 recebia uma trava
na alavanca de câmbio que dificultava a vida dos amigos do alheio. No
ano seguinte ganhava pinos nas portas para travamento e o motorista
contava com apoio de braço na porta. No mesmo ano entrava seu sucessor
natural: o Tipo 34, também desenhado por
Ghia e fabricado pela Karmann, que se tornou fracasso de vendas e nunca
chegou a ofuscar seu irmão mais velho.
Em
1966 a boa nova era um motor um pouco mais potente. Com 1.285 cm³, 40 cv
e 8,9 m.kgf, a velocidade máxima passava a 128 km/h. Por dentro o painel
estava mais moderno e o volante passava a vir na cor preta. A chave de
contato, antes à esquerda como nos Porsches, passava à direita como na
maioria dos carros.
Como opcional podia vir equipado com teto solar ou, no caso do
conversível, com a capota de lona na cor da carroceria.
Continua
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