


As três carrocerias continuavam
disponíveis, mas o conversível e o cupê ganhavam pequenos bancos
traseiros, de conforto muito limitado |
As
vendas ficaram acima da expectativa. Apesar da restrita produção,
celebridades como Clark Gable, o galã de Hollywood, eram vistas com
freqüência ao volante de um XK, o que acirrava o interesse pelo carro.
Em 1950 a carroceria passava a ser fabricada em aço estampado, já
disponível com maior facilidade cinco anos após o encerramento da
guerra. Portas, capô e tampa do porta-malas continuavam em alumínio. O
chassi passava a ter longarinas paralelas em aço unidas por um “X” de
chapas do mesmo material. O XK era desejado tanto na Europa quanto nos
Estados Unidos, onde roadsters ingleses faziam fama.
Um ano depois chegavam o cupê com capota fixa, ou Fixed Head Coupe, e o
conversível com capota de lona ou Drop Head Coupe.
Visto de lado, o cupê mais parecia uma gota, tudo em nome do perfil
aerodinâmico. Ainda estava com pára-brisa bipartido; os vidros laterais
eram planos com quebra-vento e o terceiro fixo. Ao contrário do
roadster, essas versões tinham maçanetas externas nas portas e vidros
laterais. Se eram um pouco menos
atraentes, vinham com decoração interna mais luxuosa, com partes em
madeira nobre no painel e na parte superior das portas. Bem-vindo no
inverno europeu era o aquecimento da cabine, enquanto o ajuste dos
bancos melhorava bastante o conforto dos passageiros, mas ainda estava
longe do ideal. Suas medidas não mudavam, nem o equipamento motriz.
Mais
potência
Em 1952 o circuito de
freios dianteiros e traseiros era separado, para maior segurança em caso
de falha hidráulica. O mesmo motor, trabalhado com coletores especiais,
passava a oferecer 180 cv num pacote denominado Special Equipment. A
suspensão também estava melhorada e o XK ganhava mais estabilidade. A
versão 120 teve 12.061 unidades produzidas, das quais 7.614 roadsters
(240 deles feitos em alumínio), 2.680 de teto rígido e 1.767
conversíveis de capota removível.
A primeira evolução do XK 120 era apresentada dois anos mais tarde no
Salão de Londres: o XK 140.
O motor desenvolvia 190 cv
a 5.500 rpm e 31 m.kgf a 4.000 rpm, para final de 200 km/h. Com o
cabeçote tipo C, desenvolvido em competições, e duplo escapamento
chegava a 210 cv a 5.750 rpm. O sistema de direção de setor e sem-fim
com esferas recirculantes dava lugar a um mais moderno e preciso, de
pinhão e cremalheira.
Por fora estava com pára-choques maiores e grade com frisos mais
grossos. Tinha novas lanternas traseiras e, no porta-malas, um escudo que homenageava as vitórias na 24 Horas de Le Mans em 1951 e
1952. Com o motor 75 mm mais à frente, o interior ganhava espaço para
dois pequenos bancos traseiros, de reduzido conforto e que não equipavam
o roadster.
Os bancos de couro de ótima qualidade deixavam o Jaguar mais
aconchegante, junto do belo painel em madeira nobre.
Continua
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