
Primeira série especial, o NSX-R
do mercado japonês tinha 120 kg a menos, suspensão mais firme e
estrutura dos bancos em carbono


Apenas novas rodas vinham no
modelo 1994, último ano em que o teto foi preto; depois a Honda passaria
a pintá-lo na mesma cor do restante |
Mas o melhor estava no motor, que "empurra firme de qualquer marcha a
partir de 3.000 rpm" e "tem um ronco decidido em baixa rotação que se
torna um arranhar metálico em alta". A revista o definia como "um
excepcional resultado de engenharia, um carro que faz nosso querido
300ZX parecer um pouco antiquado. É melhor que qualquer rival de preço
similar, o mais balanceado de todos os exóticos e, de fato,
provavelmente o melhor carro do gênero já feito."
O equilíbrio também o favoreceria no comparativo da Motor Trend
entre um NSX-T de 1996 e um 911 Cabriolet, ambos de caixa automática: "O tenor emocionante quando você se
projeta pela faixa de operação é comparável apenas a exóticos italianos,
e a maioria deles com o dobro de cilindros"
—
isto é, os motores V12 e boxer-12 dos Ferraris e Lamborghinis
de preço muito mais alto. A publicação concluía: "[O Honda] oferece uma
combinação única de precisão ao dirigir, engenharia de ponta e emoções a
céu aberto. Ficaríamos com a brilhante compostura do NSX-T sobre o
charme e a história do 911".
Primeiras variações
Se o ponto alto do NSX
era equilibrar qualidades antagônicas como conforto e esportividade,
certamente havia entre seus compradores os que aceitariam perder em um
aspecto para ganhar no outro. Assim, em 1992 a Honda apresentava no
mercado japonês o NSX Type R ou simplesmente NSX-R, uma versão que,
entre os três parâmetros do projeto inicial, mostrava foco
integral no desempenho.
Um extenso trabalho de redução de peso eliminou ar-condicionado, sistema
de áudio (oferecidos como opcionais, porém) e isolamento de ruídos,
trocou as rodas por outras mais leves da marca Enkei e os bancos por
unidades de fibra de carbono feitas pela Recaro. O resultado foi a perda
de 120 kg, deixando o Type R com 1.230 kg. A suspensão foi recalibrada,
com molas e amortecedores mais firmes, e a transmissão ganhou par final
mais curto para manter o motor em alta rotação. Foram apenas 483 unidades produzidas até 1995.
Outra variação, que nos EUA tomou o lugar da versão anterior
em 1995, mas no Japão conviveu com ela, foi o NSX-T — de teto targa, com
seções removíveis sobre os ocupantes. Se trazia ar
mais descontraído, acrescentava peso (45 kg) e reduzia um
pouco a rigidez estrutural. À mesma época a Honda suavizou a suspensão e
adotou direção assistida com caixa manual. O teto agora vinha
na cor da carroceria, embora no mercado japonês o preto ainda estivesse disponível.
Rodas com novo desenho já vinham desde o ano-modelo anterior.
Continua
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