Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Os faróis escamoteáveis, tendência na época, e o aerofólio que surgia nas laterais compunham um desenho moderno, mas sem excessos

Clique para ampliar a imagem

No interior refinado, prioridade ao espaço e à facilidade de condução, caso do painel completo e bem legível; não faltavam itens de conforto

O piloto japonês Satoru Nakajima participou desde o início do desenvolvimento do chassi, com testes no circuito de Suzuka, enquanto nosso tricampeão Ayrton Senna contribuiu no aprimoramento do carro e recomendou à Honda que aumentasse a rigidez da estrutura — mais tarde ele manteria três unidades para seu uso, pelo que se comentava, sendo um em São Paulo. O norte-americano Bobby Rahal, vencedor da 500 Milhas de Indianápolis, também participou dos acertos.

Pré-apresentado no Salão de Chicago, em fevereiro de 1989, o NSX reapareceu no fim do ano em Tóquio — mas entraria em produção só em meados de 1990 em uma fábrica construída para ele em Takanezawa, Tochigi, no Japão, junto ao campo de provas da empresa. E ele impressionou. Longo (4,40 metros), largo (1,81 m) e muito baixo (1,14 m), mostrava linhas fortes e bem proporcionadas. A cabine estava no centro do veículo, sem o avanço excessivo notado em alguns modelos de motor central-traseiro.

As formas fluíam suavemente da frente baixa e afilada, com faróis escamoteáveis, até a traseira retilínea, onde o aerofólio "nascia" nas laterais e as lanternas cobriam toda a largura. Toda a seção de teto e colunas vinha em preto, tornando-a indissociável dos vidros à primeira vista e aumentando a sensação de pequena altura do conjunto. As grandes portas tinham maçanetas embutidas e discretas e vincos que formavam, logo atrás delas, tomadas de ar para o motor. Tudo parecia desenhado com esmero, feito para compor o estilo sem chamar atenção para qualquer detalhe em especial.

O bom Cx 0,32, associado a uma baixa área frontal (1,78 m²), resultava no excelente produto de 0,57. O coeficiente de sustentação era também muito baixo, indicação de mínima tendência a perder aderência com o solo em alta velocidade. As rodas de alumínio forjado tinham menor diâmetro na frente (15 pol) que na traseira (16 pol), com o objetivo de reduzir a intrusão no espaço interno. O estepe compacto era armazenado vazio no compartimento dianteiro; se fosse preciso usá-lo, um compressor conectado ao acendedor de cigarros o enchia.

Seu interior era bem-acabado e luxuoso, mas não ostensivo. Apenas o console alto, partindo de uma seção central do painel bem inclinada, o deixava distante de um sedã de luxo. O quadro de instrumentos simples e bem legível trazia seis mostradores, com a faixa vermelha do conta-giros a partir de 8.000 rpm, e o volante era regulável em altura e distância. Havia ajuste elétrico dos bancos — revestidos em couro preto ou bege claro —, controle automático do ar-condicionado, controlador de velocidade e sistema de áudio Bose de alta qualidade, com subwoofer e opção de disqueteira no porta-malas. E, embora um ronco esportivo devesse ser ouvido pelos ocupantes, ruídos indesejáveis eram isolados pelo vidro duplo atrás dos bancos, com vácuo entre as lâminas. Continua

Em escala
O NSX original de 1991 teve uma miniatura feita pela Kyosho na escala 1:18, em cores vermelha, prata e amarela e com alto nível de detalhes, incluindo interior e porta-malas. Trata-se de um produto raro hoje.
Versões posteriores também foram reproduzidas, como a NSX-R em branco, a NSX-T em branco e amarelo e a Type S (foto) em laranja, branco e vermelho. Em 1:43, a empresa tem o carro vermelho nº 46 da 24 Horas de Le Mans de 1994.
Outro fabricante de miniatura de ferro do primeiro NSX foi a Revell, mais conhecida pelos kits de montar. Em 1:18, vinha em vermelho, prata ou amarelo, mas o acabamento era apenas razoável, inferior ao da Kyosho.
Os 50 compradores da edição Alex Zanardi Edition, restrita ao mercado norte-americano, receberam esta miniatura da versão, uma bela peça em 1:43 com notável acabamento que fazia parte da linha Honda Collection.
A Ebbro fez o Type R de 1998 (foto) em amarelo na escala 1:43 com bom nível de detalhamento. O modelo de 2001 em mesma versão é outra miniatura feita pela empresa, com escolha entre branco, verde, amarelo e vermelho.
A versão reestilizada de 2001 também está no catálogo da Ebbro, em 1:24, tanto na cor prata quanto na vermelha, esta em versão Type S (foto). A Motormax tem o NSX da mesma época em 1:18 com opção entre vermelho e amarelo.
Há também opções de versões de corrida, além da já citada de Le Mans. Um carro do campeonato japonês JGTC de 2003, da equipe Takata, é feito em 1:18 com boa qualidade de detalhes pela AutoArt.
A Tamiya, outra marca mais conhecida por modelos de montar, tem na série Masterwork Collection um NSX 2005 do campeonato Super GT, o sucessor do JGTC. Em 1:18, vem decorado pelo patrocinador Epson.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade