Estilo imponente   Para 1967 a carroceria era mais uma vez alterada. Na frente os faróis tornavam-se retráteis, encobertos pela grade. Esta, toda cromada, fazia um conjunto só com o pára-choque. Na frente do capô vinham discretas entradas de ar horizontais. A lateral ganhava curvas e ângulos novos. Tanto para o cupê quanto para o conversível, o aspecto geral estava pesado, mas agradava aos clientes e as vendas iam bem. O motor 389 era substituído pelo 400 (6,55 litros) de 350 cv. Ainda havia o 428 (7,0 litros), que despejava a potência brutal de 390 cv.

Grade integrada ao pára-choque, faróis retráteis, aspecto pesado: o Grand Prix 1967

Dois anos depois a carroceria recebia uma mudança mais radical. Na frente a grade cromada tornava-se protuberante e estava em posição vertical. Fazia uma só peça em sua parte inferior com o pára-choque. O Grand Prix recebia quatro faróis circulares, em molduras quadradas com cantos arredondados. A frente estava mais longa, a lateral mais lisa e a traseira tinha um leve formato fastback. Outra novidade era a despedida dos quebra-ventos. Tanto o vidro quanto a porta eram enormes.

As rodas de alumínio opcionais, com desenho de bom gosto, e o teto de vinil lhe caíam bem. Media 5,42 metros de comprimento, 1,94 m de largura, 1,32 m de altura e 3 m de distância entre eixos e pesava quase duas toneladas. A intenção da Pontiac era fazer uma alternativa ao Cadillac Eldorado para as grandes massas. Por dentro tinha novo painel mais envolvente, com três mostradores circulares. O volante passava a ter três raios e tamanho mais adequado. Estava mais aconchegante.
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Os conceitos
Em 1959 e 1960 a Pontiac havia apresentado em salões duas versões do X-400, um carro-conceito — ou carro de sonho, como eram chamados na época — baseado no modelo de produção Bonneville. Com a chegada do Grand Prix, um terceiro X-400 foi elaborado com base no novo carro para os eventos de 1962. O belo conversível vermelho com capota branca tinha faróis retangulares, cobertura traseira em plástico com fibra-de-vidro, ornamento de capô e tomadas de ar (falsas, é claro) nos pára-lamas traseiros. O interior mostrava bancos individuais, volante de madeira e um botão de controle do escapamento, com três modos de restrição. O motor V8 421 contava com compressor.

Para a temporada de salões de 1963 foi montada uma quarta versão (foto 1), que muitos acreditam ter sido o mesmo carro, reformado. Agora amarelo, o X-400 tinha quatro bancos individuais e um console que atendia aos dianteiros e aos traseiros. No ano seguinte aparecia mais um X-400 (foto 2), desta vez em cor vinho e com novo desenho frontal: grades mais arredondadas, faróis verticais sem telas, pára-lamas dianteiros como os do modelo de produção de 1964.

Em 1966, outro conceito era apresentado: o Grand Corniche (foto 3), um enorme conversível de duas portas com meia capota fixa na parte traseira. A cor azul turqueza e as rodas raiadas destacavam o "carro de sonho" nos salões.

Dos anos 70 aos 90 a Pontiac deixou o Grand Prix de lado ao elaborar seus conceitos, mas no Salão de Chicago de 2002 era mostrado mais um projeto com base no modelo: o G-Force (foto 4), nome em alusão à força G que os ocupantes sentem ao acelerar, frear ou fazer curvas. Era uma antevisão do que viria no modelo 2004: um sedã de estilo "musculoso" e motor V6 de 3,8 litros com compressor, que gerava 280 cv e 38,7 m.kgf para o levar a 250 km/h. Tinha ainda bancos esportivos, rodas de 19 pol, suspensão ajustável e controle de estabilidade.

Fabrício Samahá

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