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Dois anos após a Europa, os brasileiros recebiam o Focus em versões cinco-portas e sedã; o Ghia (acima) contava com motor 2,0-litros de 130 cv

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O hatch básico era mais simples, mas podia receber até teto solar como opcional. no sedã o acabamento de entrada já trazia motor 2,0

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No Focus XR de 2003, rodas de 16 pol, suspensão esportiva e a falta de mais potência; no fim do ano o 1,8 16V dava lugar ao Zetec Rocam 1,6

Lançado em outubro para o mercado brasileiro, o Focus chegava por aqui em quatro opções: hatch básico de motor 1,8 (com 115 cv e 16,1 m.kgf), hatch Ghia com motor 2,0 (130 cv e 17,9 m.kgf), sedã básico e sedã Ghia, ambos com a unidade de 2,0 litros. As diferenças externas entre um acabamento e outro estavam em itens como rodas de alumínio de 15 pol e faróis de neblina, restritos ao Ghia (embora as rodas pudessem equipar o básico sob custo extra), enquanto no interior a versão mais cara trazia teto solar — com acionamento manual, o que foi criticado —, ajuste elétrico do banco do motorista, computador de bordo, controles de áudio junto ao volante e decoração que simulava madeira cinza no painel, entre outros itens. Freios com sistema antitravamento (ABS) e bolsas infláveis vinham de série no Ghia, sendo opcionais no básico.

Na aparência nosso Focus era o mesmo vendido na Europa, mas havia diferenças de acabamento e adaptações técnicas às condições locais de piso e combustível, como aumento de 10 mm na altura de rodagem e aplicação de batente hidráulico nos amortecedores. O câmbio era sempre manual de cinco marchas, mas o 1,8 usava caixa brasileira, feita em Taubaté, SP, e o 2,0 tinha uma argentina, dotada até mesmo de marcha à ré sincronizada. E, como no Velho Continente, ele logo se destacou por aqui em atributos como estabilidade, conforto de marcha, espaço e ergonomia, a adequação do ambiente interno ao uso pelo motorista.

Apesar das qualidades, não demoraram a aparecer reivindicações pelo público e pela imprensa, parte delas atendida na linha 2003. Chegavam faixa degradê no parabrisa, comando elétrico para o teto solar e as opções de revestimento interno em couro e caixa automática de quatro marchas, esta já bastante aceita no segmento de sedãs médios na época. Por outro lado, as alterações no acabamento interno em tecido dividiam opiniões: o padrão aveludado em cinza claro dava lugar a um mais áspero e bem escuro, em nome de suposta "preferência brasileira".

Ainda em 2002, no Salão do Automóvel de São Paulo, aparecia a primeira edição limitada do Focus: a XR, que chegaria ao mercado em março seguinte com produção de apenas 360 unidades, todas em cor prata. Com base na versão básica, essa série de apelo esportivo recebia o motor 2,0 e adotava rodas de 16 pol com pneus 205/50, suspensão 10 mm mais baixa e com amortecedores mais firmes, escapamento mais livre, teto solar e bancos revestidos em tecido exclusivo com o logotipo da versão bordado nos encostos. Mas deixava de fora ABS e bolsas infláveis e, acima de tudo, merecia mais potência — tinha apenas 126 cv.

Coração nacional   Os retoques estéticos que o Focus sofrera para 2002 na Europa, como faróis e parachoques, demoraram dois anos para chegar ao mercado nacional. Na linha 2004 a Ford apresentava outra novidade: a substituição do motor Zetec 1,8 16V, que vinha da Inglaterra, pelo Zetec Rocam de 1,6 litro e oito válvulas, fabricado em Taubaté, SP e já usado no Fiesta, Ka, Courier e Escort. O intuito era reduzir custos, pois a importação do motor havia se tornado onerosa com a valorização do dólar. O Focus obteve o melhor resultado do Rocam até então, com 103 cv e 14,6 m.kgf, por suas melhores condições de fluxo. Havia perda em desempenho em alta rotação comparado ao 1,8, mas em uso normal a diferença era bem aceitável pela redução de preço. O motor equipava as versões mais simples do hatch, agora oficialmente GL e GLX, embora as siglas não aparecessem na carroceria. Continua

Nas telas
Entre versões europeias e norte-americanas, o Focus pode ser visto em muitos filmes dos últimos 10 anos. Um hatch azul da primeira geração feita na Europa serve como carro de aprendizagem de motoristas em Simplesmente Feliz (Happy-Go-Lucky), comédia britânica de 2008. Um cinza está em The Point Men, ação feita por França, Inglaterra e Luxemburgo em 2001, e outro em O Diário de Bridget Jones (Bridget Jones's Diary), comédia anglo-francesa de 2001. Um prata surge em The Inspector Lynley Mysteries: Playing for the Ashes, feito para a TV pelos britânicos em 2003. Um hatch preto é visto em Antivicio, série espanhola de 2000.

Da segunda geração europeia, uma perua de polícia envolve-se em uma perseguição e acaba capotando em Fast Track: No Limits, filme alemão feito para TV em 2008. Um hatch cinza está em Midsomer Murders, série inglesa que passa desde 1997. Outro seriado britânico, Fallen Angel - A Inocência Perdida (Fallen Angel, 2007), mostra um cinco-portas prata, e um vermelho aparece na espanhola 23-F: Historia de una Traición, lançada este ano.

Entre as versões americanas, há um sedã prateado da primeira série em Love Object, comédia feita naquele país em 2003; outro em Na Linha da Morte (Return to Sender), drama de 2004 produzido em conjunto na Dinamarca, Inglaterra e EUA; e mais um em A Mother's Fight for Justice, feito para TV em 2001. A polícia usa um sedã branco em Ladrão de Diamantes (After the Sunset), ação americana de 2004, e outro sedã em azul está em The Seekers, filme de terror americano de 2003.

Outra película do gênero e do ano, Hellborn, traz um hatch azul de cinco portas. Também de cinco portas são os curiosos carros de O Gato (The Cat in the Hat), aventura dos EUA de 2003. Diante de casas idênticas estão numerosos Focus em verde limão, modificados da mesma maneira, com rodas traseiras quase encobertas.

O modelo americano também aparece em seriados. Há um sedã preto da primeira série em um episódio de Malcolm in the Middle, que passou entre 2000 e 2006 nos Estados Unidos. Uma perua verde da mesma linha está em Scientific American Frontiers, exibida no país desde 1990, e um sedã vermelho da segunda série americana em Drive, que passou em 2007.
Simplesmente Feliz Fast Track: No Limits
23-F: Historia de una Traición Na Linha da Morte
O Gato Scientific American Frontiers

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