
O sedã e a perua (mostrada com
decoração alusiva ao motor flexível) saíam ganhando mais que o hatch com
a reformulação total de 2004



Quem precisa de RS? O novo ST,
embora mais discreto nas formas, esbanjava potência e torque com o motor
turbo de 2,5 litros e 225 cv
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Os
propulsores turbodiesel eram a conhecida unidade de 1,8 litro da própria
Ford, com 115 cv, e duas fornecidas pela PSA Peugeot-Citroën: a 1,6, com
109 cv e 24,5 m.kgf, e a de 2,0 litros, com 136 cv e 32,6 m.kgf. Como na
linha a gasolina, um só nome era aplicado a todos: Duratorq. O diesel
mais potente vinha com câmbio manual de seis marchas, e os outros, com
opção de câmbio automático de variação
contínua (CVT). A suspensão mantinha o sistema multibraço na
traseira, ainda uma vantagem sobre vários concorrentes (os novos Astra e
Mégane, o C4 e o Peugeot 307 não o adotaram, ao contrário do Golf de
2003), e a direção ganhava assistência
eletroidráulica com ajuste entre três programas, do mais leve ao
mais firme.
ST com
potência de RS
Os apreciadores de
esportivos ficaram sem um Focus da segunda geração, mas não por muito
tempo. Em março de 2006 começavam as vendas do novo ST, sem grandes
alterações de carroceria, mas em configuração mecânica que o deixava
mais próximo do antigo RS que do ST 170.
O motor Volvo de cinco cilindros em linha e 2,5 litros, com bloco de
alumínio, turbo, resfriador de ar e variador dos comandos de admissão e
escapamento, desenvolvia 225 cv e 32,6 m.kgf. Suas respostas eram mais
prontas e suaves que as do RS, esperado diante da maior cilindrada com
potência quase igual, ou seja, a potência
específica caía de 107 cv/l para 89 cv/l. Ao fazer de 0 a 100 em 6,8
segundos, com máxima de 241 km/h, o ST era mais veloz que o antigo RS,
mas perdia em aceleração. Usava câmbio manual de seis marchas, rodas de
18 pol com pneus 225/40 e freios mais potentes. Além do
monobloco mais rígido que nas demais
versões, para o que concorria a barra de
amarração dianteira, trazia suspensão revista em altura (15 mm a
menos) e calibração de molas, amortecedores e estabilizadores.
A aparência era mais discreta que no RS, embora não tão sutil quanto a
do antigo ST 170.
No interior, a discrição era quebrada apenas pela opção de revestimento
parcial dos bancos em tons vivos, como um laranja que combinava com a
cor externa disponível apenas em unidades iniciais da produção, mais
tarde descartada do catálogo (um azul também foi oferecido de início,
mas permaneceu). Outras distinções eram bancos dianteiros Recaro,
instrumentos auxiliares no topo do painel, opção de banco traseiro só
com dois lugares (e cintos) e pedais esportivos. E podia vir com três ou
cinco portas.
Atendidos os exigentes por desempenho, a Ford voltava as atenções aos
que preferem descontração. O cupê conversível Focus Vignale, do Salão de
Frankfurt de 2005, tornava-se modelo de produção já no evento de Genebra
em março do ano seguinte.
Continua
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