
Primazia no segmento:
a suspensão traseira independente multibraço


Faróis duplos, parachoques,
detalhes internos: as mudanças para 2002 |
O esportivo contava com paralamas mais largos, novos
parachoques com amplas tomadas de ar no dianteiro, rodas da marca OZ de
18 pol com pneus 225/40 e defletor de teto. Ainda sem dados precisos de
mecânica, antecipava-se que o motor 2,0 16V com
turbocompressor despejaria 200 cv nas
rodas dianteiras. O lançamento efetivo, porém, só se concretizaria em
2002.
Antes dele, no fim de 2001, a linha passava pelas primeiras alterações
estéticas: novos parachoques dotados de faixa protetora e faróis com
duplo refletor, que alojavam as luzes de
direção (antes nas extremidades do parachoque) e, nas versões superiores, traziam
lâmpadas de xenônio. O interior passava
a oferecer ar-condicionado com controle automático, comando elétrico para o teto
solar, banco dianteiro direito rebatível e navegador por GPS integrado
ao sistema de áudio. Em alguns mercados, como o sueco, aparecia o motor flexível
em combustível de 1,6 litro, capaz de rodar com gasolina ou
E85. Para toda a Europa o veterano motor
a diesel era substituído pelo moderno Duratorq TDCi 1,8 de 115 cv.
Estreava também o esportivo ST 170 com o motor Zetec E 2,0 16V
retrabalhado. Com o acréscimo de variadores do
comando de válvulas de admissão e do
coletor de aspiração, uso de
taxa de compressão mais alta e uma
preparação para chegar a regimes mais altos (limite de 7.350 rpm),
alcançava 170 cv e 20 m.kgf, com os quais acelerava de 0 a 100 km/h em
8,2 segundos e chegava a 216 km/h. Todo o conjunto era revisto: câmbio
de seis marchas fornecido pela alemã Getrag, rodas de 17 pol com pneus
215/45, suspensão mais baixa e firme, freios mais potentes, direção mais
rápida. Sua aparência, contudo, era discreta, em que apenas as rodas
maiores sobressaíam. No mercado americano ele foi chamado de Focus SVT.
Quanto ao RS, só entrou em produção em outubro de 2002, mas recompensou
a espera ao chegar ainda mais potente que o previsto: 215 cv e 31,6
m.kgf, o bastante para acelerar de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos e
alcançar a máxima de 232 km/h. O motor Zetec E passou por extenso
retrabalho para garantir resistência ao uso vigoroso, como pistões e
bielas forjados e válvulas de escapamento refrigeradas por sódio. O
turbo Garrett vinha aliado a um resfriador
de ar.
Embora mantivesse o câmbio de cinco marchas, o RS ganhava
diferencial autobloqueante Quaife, que
permitia melhor aplicação de potência em curvas — houve críticas, por
outro lado, de que ele acentuava o indesejado
esterçamento por torque.
As rodas OZ foram mantidas, a bitola dianteira era 65 mm mais larga e os
freios contavam com grandes discos (de 325 mm à frente) e pinças da
renomada marca italiana Brembo.
Continua
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