O modelo 1971 mudava pouco, mas perdia potência nos motores: a gasolina sem chumbo exigia menor taxa de compressão, o que afetou toda a indústria

Rodas largas, conta-giros e até bagageiro sobre o porta-malas: a Dodge continuava a oferecer acessórios ao Challenger, na foto em versão R/T

Em 1972 as versões eram apenas duas (básica, nas fotos, e Rallye) e só havia três opções de motores, sem os mais potentes 383, 440 e 426

O acabamento R/T podia vir nas versões cupê hardtop, sem coluna central, e conversível — esta, porém, duraria pouco e hoje é uma das versões mais colecionáveis e caras. Junto ao pacote SE o comprador tinha à disposição bancos revestidos em couro, teto de vinil, janela traseira diferenciada e console específico. Outros dos muitos opcionais oferecidos ao comprador do Challenger eram teto solar, controle elétrico dos vidros, ar-condicionado, diferentes sistemas de áudio, bancos individuais revestidos de couro ou de vinil e tecido, rodas de 14 ou 15 pol e defletores dianteiro e traseiro.

Adeus aos números   Tudo ia bem para a Chrysler até que as novas normas de emissões poluentes para 1971, ao eliminar o chumbo tetraetila da gasolina, derrubaram sua octanagem e exigiram taxas de compressão mais baixas. A mudança estrangulou os motores de toda a indústria. O Challenger, bebê no mercado, chegava ao segundo ano já perdendo parte do apelo. As opções eram o seis-em-linha 198 com 125 cv, o 225 com 145 cv, o V8 318 com carburador de corpo duplo e 230 cv, o 340 de corpo quádruplo com 275 cv, o 383 de corpo duplo com igual potência e com corpo quádruplo com 300 cv, o Hemi 426 com dois quádruplos e 425 cv e o 440 Six Pack com 390 cv. O aspecto mudava pouco, apenas detalhes na grade.

Em 1971 a Dodge vendeu 29.800 Challengers, bem menos que no ano do lançamento. Com o adeus do V8 Hemi e da carroceria conversível o modelo começava seu declínio, assim como boa parcela dos esportivos da época, vitimados pelas normas de poluentes e pela pressão das companhias de seguro por automóveis menos potentes. No quesito motores, se antes ele tinha carta branca nas prateleiras da Dodge, agora em 1972 havia meras três opções — e com potência aparentemente menor, em função do método líquido de medição em vez do bruto usado até então. O seis-cilindros 225, de 110 cv, vinha na versão de entrada. Os V8 318 e 340 (o primeiro com carburador duplo e 155 cv, o outro com um quádruplo e 235 cv) eram opcionais. As versões também ficavam minguadas, existindo apenas o Challenger básico e o Rallye hardtop.

O propulsor de seis cilindros dava adeus ao Challenger para 1973, restando os V8 318 e 340 inalterados. Outra mudança era a adoção de para-choques mais robustos, com partes em borracha para resistir a impactos leves, outra norma governamental. Comparado ao ano anterior as vendas subiram um pouco, com 32.596 exemplares vendidos. Para o ano seguinte, as novidades eram a opção de pneus radiais e a substituição do motor 340 pelo 360, de 5,9 litros. A situação em que viviam os esportivos na corporação Chrysler finalmente teve fim em 1974 com o encerramento da produção do Challenger e do Barracuda. Pouco mais de 16 mil unidades do modelo da Dodge foram vendidas no ano
um fim discreto para um carro competente em sua função, mas que chegou tarde demais ao mercado. Continua

O conceito
Em 1970 os salões dos Estados Unidos receberam a presença do carro-conceito Dodge Diamante, um estudo sobre a carroceria e a mecânica do Challenger. Em uma chamativa cor laranja, o conceito recebia frente longa e em cunha, vincos pronunciados na lateral e um teto estilo targa, com larga seção traseira. As lanternas já antecipavam o estilo que seria empregado mais tarde no Challenger. O motor era o conhecido Hemi.  
Em escala
Não é difícil encontrar miniaturas do Challenger. A Toys Drop produz em escala 1:18 o modelo 1970 utilizado no filme Velozes e Furiosos. De bom detalhamento, traz teto em vinil e a cor laranja.
Outro modelo antigo é representado pela Collectable Diecast. Em escala 1:18, o R/T vem em um belo tom de azul turquesa, com parte do capô em preto fosco e faixas laterais, e tem bom acabamento.
Para os amantes da personalização a Maisto entrega um Challenger 1970 em escala 1:24 bastante modificado. Vem em cor púrpura com rodas enormes cromadas, suspensão rebaixada e grandes discos de freio.
Não poderia faltar o conversível. A Franklin Mint oferece em 1:18 o R/T Hemi 1970, amarelo e com aerofólio traseiro. Apenas 2.500 unidades foram produzidas com acabamento de alta qualidade.
O Challenger atual também está no mercado de miniaturas. A Round 2 oferece em várias cores a versão R/T 2009 em escala 1:25.
A Maisto traz a versão SRT-8 do modelo 2008 em escala 1:24, com bom detalhamento e opção entre cor laranja e preta. A versão SE em cor prata também está no catálogo.

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