


Portas corrediças e a traseira
ganhavam acionamento elétrico; acima a Voyager, a Town & Country e o
interior da Caravan, também atualizado

Laterais fechadas deixavam a Caravan C/V pronta para uso utilitário |
A
reforma que a Chrysler fez em sua menina dos olhos pareceu surtir efeito
positivo: a Caravan levantou a taça de Carro do Ano de 1996 da revista
Motor Trend. Essa geração também foi base para estudos
interessantes, entre eles uma versão elétrica, a EPIC, em 1999.
Utilizando baterias de níquel-hidreto metálico (NiMH), a minivan tinha
autonomia para rodar 120 km com um tempo de recarga de pouco mais de
oito horas. Seu motor tinha potência máxima de 91,3 kW ou 124 cv.
Vendida apenas por arrendamento a frotistas, abandonou as linhas de
produção em 2001 depois de algumas centenas de unidades fabricadas. Com
o fim dos contratos, as EPICs retornaram e foram destruídas, fim comum a
muitas propostas elétricas mundo afora. Acredita-se, porém, que há cerca
de 10 unidades em mãos de particulares.
A linha de minivans da Chrysler seguia seu
curso e recebia outra ampla remodelação em 2001, na série identificada
como RS. Embora a cirurgia plástica tenha afetado todos os painéis de
carroceria, sua
identidade estava mantida, só que atualizada. Com 4,8 m de comprimento
(5,09 m na versão alongada) e entreeixos entre 2,87 m e 3,03 m, as novas
Caravan e Town & Country (a Voyager saía de linha) estavam com aspecto
mais esportivo, com grandes faróis e grade robusta que avançava pelo
pára-choque. A fluidez até exagerada de linhas dava espaço a vincos na
lateral, capô e caixas de rodas. A traseira era limpa, com a tampa do
porta-malas avançando pelo pára-choque e lanternas verticais com a seção
superior nas laterais.
O interior adequado à proposta, sem grandes
ornamentos e inovações, trazia o espaço de sempre para até sete
ocupantes.
Os motores se resumiam a três opções. O quatro-cilindros com 2,4 litros
entregava 152 cv e 22,8 m.kgf. Em seguida vinha o V6 3,3 com 182 cv e 29
m.kgf. A versão de topo também era um V6, mas com 3,8 litros, 217 cv e
33,8 m.kgf. O 3,0 da Mitsubishi era abandonado, pois não atendia às
normas de emissões poluentes da Califórnia e estados no norte dos EUA.
Os câmbios, sempre automáticos, tinham três e quatro marchas.
Pela primeira vez era oferecida abertura elétrica para as portas
corrediças e a tampa do porta-malas, um opcional que logo seria de
série. Com o encerramento da divisão Plymouth no mesmo ano, a Voyager
passava a ser vendida apenas em mercados de exportação e na Europa, em
que usava a marca Chrysler. Para 2003 retornavam ao mercado as versões de carga Caravan e
Grand Caravan C/V, que haviam saído de linha em 1995. Como opção o carro
perdia as janelas laterais traseiras, que recebiam em seu espaço um
painel, e o piso trazia uma proteção plástica semelhante às usadas em
picapes. Em 2005 estreava o sistema Stow'n Go (traduzível por "armazene e siga"). Com
ele a segunda e terceira fileira de assentos podiam ser acomodadas no
assoalho da Grand Caravan para liberar espaço para carga. Os modelos de
tração integral, com seu sistema de transmissão por baixo da carroceria,
não podiam ter o Stow'n Go.
Com a nova cara da
Chrysler
O ano de 2008 marcou a estréia de um novo, e atual, estilo para as
minivans da marca. A terceira geração, apresentada em janeiro no Salão de
Detroit, foi desenhada por Ralph Gilles, o mesmo projetista do Chrysler
300C e da Dodge Magnum, o que não é difícil de perceber: as linhas do
novo carro abusavam de quinas, dando um aspecto musculoso e até
esportivo ao familiar modelo. Continua
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