


Interior modernizado, motores de
até 254 cv e a mesma praticidade: as minivans Chrysler completavam 25
anos com longa carreira pela frente |
À frente chamava atenção a grade desafiadora, ladeada por faróis de
cantos retos e um pára-choque bem integrado à carroceria. A lateral era
reta, com um vinco saindo das luzes de direção e cortando todo o carro
abaixo da linha de cintura. As caixas de rodas traziam um ressalto que
completava o conjunto. A grande porta traseira continuava e as
lanternas, retilíneas e verticais, seguiam do pára-choque até a linha do
vidro. O interior estava mais elegante e com um toque de esportividade.
O motorista tinha à frente três mostradores circulares em separado e o
console alto integrava os comandos do carro. Havia conforto e espaço de
sobra para a família.
Suas medidas eram generosas: 5,1 m de comprimento, 1,95 m de largura,
1,75 m de altura e entreeixos de 3,07 m. Mecanicamente as minivans
contavam com três motores. O de 3,3 litros, com 177 cv, era capaz de
consumir E85 (85% de álcool e 15% de gasolina); o 3,8 vinha desta vez
com 199 cv; e o mais potente da linha era um 4,0-litros com 254 cv,
todos V6. A primeira unidade vinha equipada com caixa automática de
quatro marchas; para o restante o câmbio tinha seis marchas. Sua
alavanca deixava a coluna de direção e ia para o painel, em posição
elevada, junto ao motorista.
A evolução veio em boa hora. Para a segurança dos ocupantes havia agora
bolsas infláveis laterais e do tipo cortina. O entretenimento ficava
garantido pelo sistema MyGIG, com telas de vídeo espalhadas pelo forro
do teto. Um destaque: o sistema Swivel'n'Go, que permitia à segunda
fileira de bancos rodar sobre seu eixo, ficando de frente para a
terceira fileira. Uma mesa vinha junto com o pacote, formando um espaço
de integração familiar.
A versão de entreeixos curto saía de cena e dava lugar a um novo carro,
o Dodge Journey, decisão não aplaudida por alguns clientes da marca.
Outra novidade foi o acordo da americana com a Volkswagen, que resultou
na minivan Routan. Basicamente uma Caravan com logotipo alemão, a Routan
(seria um anagrama com o nome da Touran, baseada no Golf?) trazia faróis
e lanternas de acordo com o DNA da VW, o que não impedia que se notasse
o desenho básico da Chrysler. Montada no Canadá com foco no mercado dos
EUA, a Routan vinha com os motores de 3,8 e 4,0 litros e o câmbio de
seis marchas.
O conceito de carro familiar inaugurado há 25 anos pela Chrysler em seu
país de origem está mais atual do que nunca e não parece ter fim tão
cedo. Qualquer que seja o rumo da gigante americana,
a Caravan, que já vendeu mais de 12 milhões de unidades,
e suas irmãs têm lugar cativo na história de vida de várias gerações de
pessoas.
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