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Das retas para as curvas: a segunda geração das minivans dava grande passo em estilo, além de oferecer um eficiente motor de 2,4 litros na versão de entrada

Como antes, havia escolha entre dois comprimentos e espaço para sete pessoas, que desfrutavam um interior mais moderno e bem-equipado

A grade permanecia a principal diferença entre as três versões da gama -- Town & Country, Caravan e Voyager, de cima para baixo

Os motores disponíveis continuavam os mesmos. De entrada havia o quatro-cilindros de 2,5 litros, com 100 cv e 18,3 m.kgf. O 3,0 de origem Mitsubishi entregava 152 cv e 24 m.kgf e havia também o V6 3,3, com 164 cv e 26,8 m.kgf. As transmissões se resumiam às automáticas de três e quatro marchas e à manual de cinco. Junto a essa reforma chegaram também algumas novidades, entre elas os freios com sistema antitravamento (ABS) e a primeira bolsa inflável para motorista em uma minivan, que logo seria de série. Estavam disponíveis também bancos com sistema Quad Command, um basculamento que facilitava o acesso à última fila de assentos, e sistema de segurança para crianças. Em 1994 chegava a bolsa inflável para passageiro, além de um inédito sistema de tração integral.

Novidade também era o motor V6 de 3,8 litros, derivado do 3,3, que entregava 164 cv e 29,4 m.kgf. Uma alternativa era uma unidade de 3,3 movida a gás natural (CNG). As minivans da Chrysler foram as primeiras a obedecer às novas normas de segurança dos EUA que começaram a vigorar naquele ano. Poucas mudanças mais foram acrescentadas a essa geração, entre elas o fim do acabamento imitando madeira nas laterais. Para a Town & Country houve novo padrão de desenho do interior e sistema de escapamento em aço inoxidável.

Curvas bem-vindas   Em 1996 as minivans da Chrysler passavam à segunda geração com importante passo à frente em estilo. Deixavam de lado as arestas e assumiam de vez as formas curvas, com cantos arredondados, tendência do fim do século passado. E essa reforma fez bem às três irmãs: a frente baixa trazia faróis oblongos, afilados e em posição mais externa, com luzes de direção bem avançadas nas laterais. A grade se integrava bem ao conjunto, junto aos pára-choques. O pára-brisa era inclinado e recebia limpadores de braços opostos, solução para vidros muito grandes como na maioria das minivans. A lateral era limpa de vincos e trazia formas suaves.

Pela primeira vez havia porta corrediça também do lado do motorista. A traseira terminava em uma curva suave, com pára-choque rebaixado, para facilitar o entra-e-sai de cargas, e as lanternas continuavam na disposição vertical, mas agora traziam curvas no topo. O interior também tinha um tom curvilíneo, onde painel e painéis de portas recebiam curvas em todos os cantos. O conforto estava garantido por muito espaço e bancos amplos e confortáveis, inclusive na terceira fileira.

Construídas sobre a chamada plataforma NS, as novas Caravan, Voyager e Town & Country mediam 4,73 m de comprimento (5,07 nas versões longas) e 1,97 m de largura. O entreeixos estava entre 2,87 m e 3,03 m. As opções de propulsores começavam com o quatro-cilindros de 2,4 litros, duplo comando de válvulas no cabeçote, 152 cv e 23 m.kgf . Em seguida vinha o V6 3,0 de origem Mitsubishi com os mesmos 152 cv e 24 m.kgf. Esta unidade não estava disponível em alguns estados americanos. Duas outras opções com comando no bloco completavam o leque: a de 3,3 litros, que entregava 160 cv e 28 m.kgf, e a de 3,8 litros, 168 cv e 31,3 m.kgf (que em 1998 ganhava fôlego, passando a 182 cv e 33 m.kgf ). A suspensão dianteira era independente, do tipo McPherson, e na traseira o tradicional eixo rígido continuava presente. O câmbio manual, que nunca fora popular, saía de linha. Restavam os automáticos com três e quatro marchas. Continua

Os conceitos

Quem acha que uma minivan familiar não desperta interesse para estudos se engana. Um conceito bastante interessante apresentado em 1989 foi a Plymouth Voyager III (acima e abaixo). Tratava-se de um grande veículo que poderia se separar em dois. Uma espécie de "cavalo mecânico", com capacidade para três pessoas, poderia rodar sozinho ou se conectar a um reboque para aumentar a capacidade para oito adultos. Nessa configuração as rodas traseiras da unidade da frente eram recolhidas em um compartimento próprio.

Um motor de 1,6 litros movido a propano impulsionava a pequena Voyager em incursões que pediam um carro compacto. Já seu "reboque" estava equipado com uma unidade de 2,2 litros, também de quatro cilindros. Além da idéia genial, vinha também um desenho arredondado e futurista que em nada lembrava o modelo de produção.

Outro conceito, desta vez mais realista, foi a Dodge Caravan R/T (acima à direita) apresentada em outubro de 1998. O pacote esportivo envolvia novas rodas, pára-choque dianteiro inspirado no dos sedãs da marca, tomadas de ar no capô e grafismos decorativos. O interior ganhava apliques em tom prata e assoalho no padrão "piso de ônibus", na época ainda raro em carros personalizados.

Nove anos depois, reapareceu no SEMA Show de 2007 uma Caravan R/T da atual geração. A minivan abusava da esportividade com suspensão preparada, rodas de 20 pol, pneus 245/45 e saias frontais e laterais, sem contar a pintura vermelha. Por baixo do capô a unidade V6 de 4,0 litros passava a 263 cv. Que criança não amaria ir à escola levada pela mãe-piloto em um carro desses?

Para os ecologicamente corretos, a pedida é a Chrysler Town & Country Natrium (abaixo), primeiro veículo a usar o boroidreto de sódio como fonte combustível. Oriundo do bórax, ou borato de sódio, mineral abundante em alguns países da América, o boroidreto fornece hidrogênio para a pilha a combustível. A apresentação se deu em 2001 em um programa do Pentágono para comemorar o Dia da Terra.

O exército americano demonstrou especial interesse no projeto por conta de sua total independência de fontes de petróleo, capacidade de ser reidrogenado (reciclado) e grande autonomia ao veículo (cerca de 480 km). A Town & Country Natrium (sódio em latim) vinha equipada com um motor de 35 kW da Siemens e era capaz de desenvolver até 130 km/h. Outras vantagens: o sistema não invadia o espaço interno do modelo e era bastante seguro.

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