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Mais espaço para a família e sua bagagem vinha com a Grand Caravan, que media 18 cm extras entre eixos e cerca de 40 cm mais no comprimento

Esboço do projeto e Lee Iacocca, presidente da Chrysler, ao apresentar a Caravan: ele já havia sugerido o conceito à Ford, que não aceitou

Ao optar pela tração dianteira, ao contrário das clássicas peruas, a empresa pôde eliminar o túnel de transmissão e ganhar espaço interno

A linha 1987 trouxe novos faróis e grade e a esperada opção de motor de seis cilindros, uma unidade V6 da Mitsubishi de 3,0 litros e 138 cv

A minivan da Chrysler era um produto completamente novo e diferente do que se costumava ver nos EUA. Mesmo que o marketing da empresa privilegiasse outros modelos, como o Dodge Aries e o Plymouth Reliant, eram a Caravan e a Voyager que levavam o público às revendas autorizadas. Isso se refletiu nas vendas: 210 mil unidades da dupla foram vendidas no primeiro ano de vida. Começavam a se confirmar as palavras ditas por Iacocca em sua apresentação: "Elas serão nos anos 80 o que o Ford Mustang foi nos 60, carros que criam extraordinário interesse no público e forçam a concorrência a copiá-los".

O carro era agradável aos olhos, embora sem revolução estética. Menor que os grandes furgões, tinha soluções interessantes. A frente em cunha trazia um par de faróis retangulares em cada lado; as luzes de direção avançavam pela lateral. Uma faixa cromada dividia os conjuntos ao meio e também a grade (no caso da Dodge). As laterais eram limpas e a porta traseira corrediça só estava presente do lado direito do carro. Na traseira reta, a grande porta encerrava lanternas verticais. Como era de praxe nas peruas americanas, havia opção por apliques de vinil que imitavam madeira nas laterais — nostálgica simulação dos tempos em que peruas tinham a parte traseira da carroceria construída nesse material.

Seu interior era voltado ao espaço e à praticidade. O painel bastante retilíneo seguia a tendência da época, o volante tinha dois raios e a alavanca do câmbio vinha na coluna de direção. Em frente ao passageiro o painel tinha um recuo. Os bancos eram altos e confortáveis, mas só os dianteiros recebiam encosto de cabeça. Logo atrás vinha um banco inteiriço menor que dava acesso à fileira de trás. O piso era totalmente plano e a porta corrediça era ampla, com 76 cm de abertura, próximo do padrão da porta de uma casa. Chamava também a atenção a grande área envidraçada. A Caravan media 4,46 metros de comprimento e 1,76 m de largura, com entreeixos de 2,84 m. A versão alongada, Grand Caravan, possuía 4,83 m de comprimento e entreeixos de 3,02 m. Vinham em quatro opções de acabamento: básica, SE, LE e ES.

Buscando eficiência e economia, na linha de motores oferecida não havia o tradicional V8, nem mesmo um de seis cilindros. As opções começavam com um quatro-cilindros de 2,2 litros que desenvolvia potência de 102 cv e torque de 16,7 m.kgf. Outro quatro-em-linha, mas de origem Mitsubishi, tinha 2,6 litros (um dos maiores motores de quatro cilindros da época), 105 cv e 19,6 m.kgf. As caixas disponíveis eram as manuais de quatro e cinco marchas e as automáticas de três e quatro.

O sucesso do novo carro americano mostrou que a Chrysler estava certa. A revista Road & Track disse, na ocasião, que "seu público-alvo são mulheres que não se sentem confortáveis em dirigir furgões convencionais de grande porte, pessoas que tinham sedãs com um generoso espaço interno, bem como aqueles que apreciam o veículo como uma grande novidade". A tacada de mestre de Lee Iacocca surtiu efeito e a minivan se tornou um ícone daquele país. Os frotistas tinham à disposição a versão de carga Mini Ram Van, em alusão ao grande furgão Ram. Aparecia também o Voyager SE com o Magic Camper Package (Pacote Mágico para Acampamento): uma barraca de lona de 2,4 x 3 m. Continua

Em escala
Não são muitas as miniaturas das minivans da Chrysler. A Kinsmart produziu na escala 1:32, que não é muito comum, a Caravan de entreeixos curto fabricada até 2000, nas cores azul, verde, branca e vermelha. O acabamento é adequado. A Maisto fez em 1:24 a Caravan curta da mesma época, apenas em vermelho — e com as laterais inferiores em cinza escuro, padrão usado pela Chrysler. É uma miniatura simples, mas com razoável cuidado nos detalhes e a porta corrediça lateral. A Matchbox lançou em 1984 miniaturas da primeira Caravan com acabamento simples, em pequeno tamanho, para servir de item promocional da rede de concessionárias. O modelo em tom vinho não deixava de ter a porta corrediça do lado direito.

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