
No F91, com menos frisos na
grade e vidro traseiro envolvente para o cupê, o propulsor já tinha três
cilindros e 900 cm3 como em nossa primeira perua

A grade oval distingue o F93/F94,
cuja carroceria estava mais longa e larga


Além do motor de 1,0 litro e até
50 cv, o Auto Union 1000 ganhava pára-brisa envolvente e novas portas no
cupê; note o painel com velocímetro vertical |
O
motor de dois cilindros dava lugar ao de três em março de 1953 no modelo
F91 Sonderklasse (classe especial). Com 896 cm³ e 34 cv, levava o carro
de 870 kg à velocidade máxima de 110 km/h. Relampejador do farol alto e
marcador de combustível eram novidades para o motorista. Na aparência, o
carro exibia apenas cinco frisos na grade frontal e oferecia uma versão
cupê, com vidro traseiro envolvente e janelas laterais sem coluna
central. Ao lado desse modelo estavam sedã, perua, o furgão dela
derivado (Stadtlieferwagen), o conversível Karmann (a Hebmüller havia fechado as portas)
e o jipe
Munga.
A linha evoluía já em 1955 para a série F93/F94, também chamada de
Großer (grande) DKW pela carroceria mais longa (4,32 m) e 10 centímetros
mais larga. O entreeixos passava a 2,45 m no sedã e na perua, mas permanecia em
2,35 m para cupê e conversível. Grade dianteira ovalada e, na perua, pára-lamas
traseiros seguindo as linhas dos dianteiros eram outras mudanças
visuais. A denominação 3=6 ganhava os logotipos e a publicidade, embora
o motor fosse o mesmo do F91, salvo pela potência de 38 cv.
Estavam disponíveis o cupê de quatro lugares, conversíveis de dois e
quatro lugares, sedãs de duas portas (todos designados como F93) e
quatro portas (F94) e a perua Universal de três (F94 U). O chassi dessa
linha deu origem no mesmo ano ao DKW Monza, um cupê esporte com
carroceria de plástico reforçado com fibra-de-vidro e potência aumentada
para 40 cv, que bateu recordes de velocidade (leia
boxe). Em abril de 1958 a Auto Union passava às mãos da Daimler-Benz,
fabricante dos Mercedes.
Importantes mudanças vinham nesse ano. O DKW F93/F94 dava lugar ao Auto
Union 1000, cujo motor de 980 cm³ fornecia 44 ou 50 cv conforme a
versão, básica ou S, esta lançada dois anos depois. No capô, o logotipo
DKW era trocado pelo da associação de marcas e o cupê trazia as portas
articuladas na frente, em vez do padrão "suicida", mantido no restante
da linha. Por dentro, o velocímetro vertical lembrava o dos
Mercedes-Benz da época. A produção agora era em Ingolstadt, mesmo local
da Audi. Novos opcionais logo seriam oferecidos, como
freios dianteiros a disco e a embreagem automática Saxomat. O sedã
estava mais pesado, 970 kg, e chegava a 120 km/h.
Em 1959 vinham a Universal com as mesmas mudanças; o modelo de aspecto
mais esportivo 1000 Sp, com opções cupê e
conversível e 55 cv no mesmo motor do sedã; e o pequeno sedã
Junior, de 741 cm³, sucedido pelo F11 e o
F12. Os modelos 1000 cupê e conversível adotavam pára-brisa bastante
envolvente. Em 1961 a linha ganhava bomba para dosagem automática de
óleo, eliminando a necessidade de colocá-lo no tanque de
combustível. Após dois anos, a produção desses modelos
baseados no F9 era encerrada. Permaneciam só o F11/F12
e o 1000 Sp.
O DKW F102, de 1963, foi o último lançamento da empresa na Alemanha.
Sucessor do Auto Union 1000, esse sedã de duas ou quatro portas com
linhas modernas usava estrutura monobloco
e motor de 1.175 cm³ e 60 cv, também de três cilindros. Foi produzido
até 1966, quando se encerraram as atividades da marca. Logo depois que a
Auto Union passou das mãos da Daimler-Benz para as da Volkswagen, em
dezembro de 1965, o modelo recebeu motor a quatro tempos e foi renomeado
Audi (codinome F103), dando início à fase moderna deste fabricante. Continua
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