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Esta versão Cabriolet do 11 Traction Avant, de 1939, tinha um "banco da sogra" para mais dois passageiros Evolução do Traction, o 15H de 1954 já usava motor de seis cilindros e suspensão traseira hidropneumática
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O DS, lançado em 1955, surpreendeu o mundo pelo desenho aerodinâmico e a eficiência da suspensão

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O 2CV em versão Sahara 4x4 com dois motores, de 1961, e simulando o brinquedo inglês Meccano de armar

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O motor rotativo Wankel do GS Birotor de 1974: com potência de 107 cv, o carro chegava a 175 km/h

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Bob Sharp, do Best Cars, ao volante do 2CV e o DS 21 que ele dirigiu: carros que fizeram muito pela Citroën

O motor de dois cilindros horizontais opostos arrefecido a ar, de 602 cm³ e 29 cv, dá a conta do recado quando o objetivo é transporte pessoal econômico, graças ao peso de apenas 585 kg. É capaz de alcançar 115 km/h e chega a fazer quase 20 km/l. Sua suspensão é bem macia e o carro inclina-se bastante nas curvas, mas nada que represente perigo. E todo o teto de lona abre-se para trás, proporcionando o grande prazer de dirigir a céu aberto.

Seu comando de câmbio, estranho por sair do painel, com a alavanca movendo-se longitudinalmente e girada para a seleção dos canais (R, 1ª/2ª, 3ª/4ª), cumpre bem o papel e também foi usado no Renault R4 em 1961. Mas o mais interessante é o freio de estacionamento mecânico, que age sobre as rodas dianteiras e com acionamento a pedal. Como a trava pode ser desligada, o pedal passa a retornar, tornando-o um excelente freio de emergência.

O sucesso do 2CV reflete-se em seus 42 anos de produção (1948 a 1990) e mais de cinco milhões de unidades fabricadas, inclusive na Argentina. O carro dirigido era um Charleston 1985, versão especial lançada em 1980 que no ano seguinte se tornaria de série.

O DS   Se o 2CV é a essência do automóvel, o DS pode ser classificado como a quintessência. Lançado no Salão de Paris de 1955, estava realmente 20 anos à frente de tudo o que existia — mesmo que lhe faltasse um motor à altura, pois de início era o mesmo quatro-cilindros de 1,9 litro do 11 Traction Avant, com potência aumentada de 56 para 75 cv. Ainda era pouco para os 1.215 kg de peso e menos ainda para o que suas linhas sugeriam.

Mas bastava alguns quilômetros ao volante para se esquecer da pouca potência, diziam as revistas especializadas da época. Foi exatamente o que pudemos sentir numa breve volta dentro da fábrica de Aulnay com uma versão 21, de 2,2 litros e 109 cv, já posterior à remodelação de 1967. Os 4,7 metros de comprimento, com a descomunal distância entre eixos de 3,13 m, produziram um interior dos mais amplos, com espaço de limusine para os passageiros traseiros.

Como no "11", os assoalhos dianteiro e traseiro são rigorosamente planos. Os bancos individuais na frente e inteiriço atrás parecem mais poltronas, de tão macios e confortáveis. Foi um carro que marcou época, com vários pioneirismos como freio a disco em carro de série, duplo circuito de freio e fixação central de roda em carro de produção. Foi talvez a maior expressão da rica engenharia automobilística francesa.

Rodando, a suspensão hidropneumática, mesmo sem os controles eletrônicos de hoje, proporciona uma qualidade de rodagem e comportamento inigualáveis, até para os padrões atuais. O volante de um só raio, um dos traços característicos do modelo, comanda as rodas a um ângulo tal que o diâmetro mínimo de curva é de somente 11 metros, o mesmo do Fusca, apesar das dimensões do carro e da tração dianteira. Dirigi-lo, mesmo pouco, foi uma experiência inesquecível. Do pedal de freio, que é um mero botão grande no assoalho, ao comando hidráulico do câmbio, mais a embreagem automática, a impressão que se tem é que o DS é futuro, não passado.

Uma coisa é certa: o Conservatoire Citroën não é mesmo lugar para se passar algumas horas. Seriam necessários vários dias — muitos — para mergulhar em tanta história.

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