
O Limusine (em cima) e o
Executive Sedan tinham interior requintado e mais de três metros de
distância entre eixos, mas o mesmo motor 2,6

Também o LeBaron ganhava
frente mais arredondada em 1986, quando já estava disponível um motor
mais potente, o 2,2-litros turbo de 146 cv |
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O Limousine comportava sete pessoas em três filas de
bancos, com divisória entre motorista e passageiros. Com
interiores sofisticados, ambos vinham de série com
ar-condicionado, painel de instrumentos digital com alertas por voz,
controlador de velocidade, ajuste
elétrico do banco do motorista e revestimento em tecido de alto padrão.
Tanto requinte indicava que a Chrysler tinha pretensões proporcionais a
seu tamanho: a empresa anunciava que "eles podem ser comparados a
veículos de luxo como os
Cadillacs Fleetwood Sedan e Limousine" e mencionava também aspectos
comparativos ao Lincoln Continental
e a modelos da Mercedes-Benz. De fato, muita pompa para a pouca
circunstância trazida pelo motor de 2,6 litros com
caixa automática de três marchas. Apenas no último ano do Limousine
(1987) aparecia a versão 2,2 turbo com injeção e 146 cv. O Executive Sedan durou só dois
anos, saindo do catálogo já em 1985.
Nos primeiros anos a linha de carros K passou por poucas alterações,
como vidros descendentes nas portas traseiras em 1982 (no começo eram apenas basculantes); aumento de potência do motor 2,2 para
94 cv e opção de câmbio manual de cinco marchas no ano seguinte;
painel acolchoado com instrumentos circulares,
tanque de combustível maior e revisão do motor 2,6 para obter 101 cv em
1984.
Os carros ganhavam capô, para-choques, grade e lanternas traseiras
redesenhadas no ano-modelo seguinte, para um aspecto mais arredondado e
atual. A suspensão vinha com amortecedores pressurizados e surgia o
acabamento LE, Luxury Edition.
Para 1986, o motor 2,2 ganhava injeção
monoponto no lugar do carburador, passando a 93 cv e 16,9 m.kgf, e
aparecia um 2,5-litros da própria Chrysler (também dotado de árvores de
balanceamento), com 100 cv e 20,7 m.kgf, para o lugar do Mitsubishi 2,6.
O câmbio manual passava a ter cinco marchas de série. No caso do LeBaron,
aparecia em 1984 o motor turbo
de 2,2 litros. Uma leve reforma de frente
e traseira vinha em 1986 e, no ano seguinte, as versões cupê e
conversível saíam do catálogo, substituídas por um LeBaron de linhas
mais modernas com a plataforma H.
Já com idade avançada, o Aries e o Reliant tinham a gama simplificada em
1988, restando a versão America com mais equipamentos de série e menos
opcionais, e as peruas eram descontinuadas ao fim desse ano-modelo. Com
o lançamento do Dodge Spirit e do Plymouth Acclaim, as últimas unidades
de cada um foram produzidas em agosto de 1989. O Aries somou 978 mil
exemplares, e o Reliant, 1,11 milhão, o que os deixou próximos de somar
dois milhões de veículos vendidos em uma só geração. Foram a salvação de
que a Chrysler precisava
— ao menos até que viesse a próxima crise.

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