Em 1955 o Suburban adotava formas mais atuais e o primeiro V8 da marca, de 4,3 litros; dois anos depois vinha a tração nas quatro rodas

O estilo estava mais retilíneo no modelo 1960 e a suspensão dianteira ganhava molas helicoidais; em 1963, novos motores de seis cilindros

A porta traseira, apenas à direita, facilitava o acesso no modelo 1967

Naquele tempo as mudanças eram mais lentas, mas não ausentes. A grande novidade para a série aparecia em 1953 para a versão GMC e um ano depois na Chevrolet: o câmbio automático Hydra-Matic. Junto a essa opção de conforto, o motor melhorava o desempenho, passando a desenvolver 100 cv.

Em 1955 o desenho do utilitário mudava bastante, ganhando sempre os tons da época. Ainda mais integrados, os para-lamas agora criavam um ombro discreto que percorria toda a lateral. Os faróis circulares ficavam embutidos em uma espécie de "pestana" e logo abaixo deles surgia a luz de direção. A grade, em formato trapezoidal, era quadriculada e o capô tinha um ressalto pronunciado. O para-brisa agora era uma peça única, com as laterais curvas, o que forçava um desenho recuado das colunas e das portas. Era o estilo básico que teríamos no picape brasileiro 3100, o Chevrolet Brasil.

O motor "Stovebolt" de seis cilindros entregava 112 cv, crescendo para 235,5 pol³ (3,9 litros), mas a versão GMC novamente corria por fora com 125 cv extraídos de uma unidade da própria marca de 249 pol³ (4,1 litros). Nessa época surgia também o primeiro propulsor V8 da marca, o bloco pequeno de 265 pol³ (4,3 litros) que mais tarde passaria para 283 pol³ (4,6 litros). A versão mais potente entregava 180 cv, mas no GMC o rendimento era menor para privilegiar o torque em baixa. Dois anos depois da apresentação da linha chegava também a aguardada opção de tração nas quatro rodas, muito útil nesse tipo de veículo.

Novo estilo   Em 1960 o desenho do grande utilitário da GM mudava novamente. As linhas começavam a ficar mais retas. Na frente chamava atenção a opção de faróis circulares duplos, com uma moldura cromada e ligados entre si por uma larga barra também cromada. O capô era visivelmente separado do conjunto e trazia nele as luzes de direção, além de marcar um vinco nas laterais. O para-brisa estava mais plano e o conforto crescia com a adoção de molas helicoidais na suspensão dianteira, além de melhor acabamento interno. Até mesmo ar-condicionado passava a constar no catálogo, uma mostra de que o carro poderia substituir as tradicionais peruas nas famílias norte-americanas.

Essa foi a primeira série C/K, onde C indicava a versão de tração traseira e K a versão integral — padrão de denominação restrito à Chevrolet por cinco anos. Na GMC o motor era o V6 de 305 pol³ (5,0 litros) e 150 cv, não compartilhado pela versão Chevrolet. Esta última adotava em 1963 duas novas opções de seis cilindros, mantendo a disposição em linha: de 230 pol³ (3,8 litros) com 140 cv e de 292 pol³ (4,8 litros) com 165 cv. Dois anos mais tarde era a vez do V8 de 327 pol³ (5,4 litros) com expressivos 220 cv, enquanto um seis-em-linha de 250 pol³ (4,1 litros, o mesmo que seria usado no Opala brasileiro) trazia 155 cv.

Em 1967 o Suburban passava por outra reforma estética. O desenho básico estava mais discreto com uma dianteira menos exagerada. Os faróis circulares, um de cada lado, eram ladeados por uma moldura e a grade quadriculada cromada tomava toda a extensão frontal. O capô estava mais baixo e a área envidraçada era um destaque. Uma particularidade era a presença de apenas uma segunda porta na lateral direita, dos passageiros, o que melhorava o acesso ao interior. Continua

Nas telas
É grande o número de filmes onde aparecem Suburbans. Carros de TV, do FBI, da polícia, modelos familiares — não importa. Em Mississipi em Chamas (Mississippi Burning, 1988) é possível ver uma unidade da década de 1950. O filme, que conta com Gene Hackman e Willem Dafoe no elenco, mostra a segregação racial em voga nos Estados Unidos em 1964. Vencedor do Oscar de Melhor Fotografia.

Outro modelo, 2005, aparece como carro do FBI no longa A Intérprete (The Interpreter, 2005) com Nicole Kidman e Sean Penn. Nicole vive Silvia, uma intérprete da ONU que ouve por acidente a frase "O professor nunca sairá da sala dele vivo", uma ameaça a um chefe de estado africano. Ela conta com a proteção do agente Tobin, vivido por Penn.

Outro destaque interessante é o que parece ser um Suburban de uma emissora de TV no filme Carros (Cars, 2006). Um modelo 1957 aparece em cenas do seriado Starsky & Hutch: Justiça em Dobro (Starsky and Hutch, 1975-1979). Outra versão, de 1964, surge em cenas de De Volta para o Futuro (Back to the Future, 1985), clássica trilogia dirigida por Robert Zemeckis que mostra as trapalhadas de um inventor, Doc Brown, e sua máquina do tempo — um DeLorean DMC 12 — pilotada por um jovem. Vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Sonoros.

Cenas de ação e destruição também têm boas participações do Suburban. Em Roubando Vidas (Taking Lives, 2004) é possível ver um acidente com um modelo da década de 1970. Mais desastres com o utilitário? Assista a The Sender - Força Invasora (The Sender, 1997), que conta a história de um oficial da marinha que, além de encontrar o navio desaparecido do pai, ainda entra em contato com um alienígena que conta alguns segredos. Um Suburban 1981 é destruído. Cenas quentes também em Recoil (1998), O Confronto (The One, 2001) e O Ultimato Bourne (The Bourne Ultimatum, 2007).

Vários modelos podem ser vistos também nos seriados Close to Home (2005-2009), Os Gatões (The Dukes of Hazzard, 1979-1985), Médium (Medium, 2005-2009), Alias (2001-2006), Miami Vice (1984-1989), Dallas (1978-1991) e Criminal Minds (2005-2009), entre outros.
Mississipi em Chamas Carros
Starsky & Hutch The Sender - Força Invasora
O Confronto Dallas

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