Nova atualização de linhas vinha
em 1969 junto do V8 de 5,75 litros
Frente irregular com faróis mais
expostos, o enorme motor 454 de 7,45 litros e freios dianteiros a disco
de série: novidades do Caprice 1970
O modelo 1971 tinha carroceria
mais arredondada, caixa Hydramatic e versão conversível; embaixo o
requintado interior de um Caprice 1973 |
O interior continuava lembrando uma sala de estar, com bancos
confortáveis dotados de encostos de cabeça para os ocupantes da frente,
uma determinação federal. Outro detalhe era a mudança do miolo de
ignição do painel para a coluna de direção. O volante também recebia
trava quando a chave era retirada, outra determinação do governo que
entraria em vigor em 1970, mas que foi antecipada pela GM em todos os
seus carros. A perua agora se chamava Kingswood Estate e ainda oferecia
acabamento que imitava madeira na carroceria. O interior era
compartilhado com sedã e cupê.
Na
mecânica o Caprice 1969 ganhava a opção de direção assistida
progressiva, que evitava leveza excessiva em alta velocidade, fator de
intranqüilidade para alguns motoristas. Já o motor de entrada passava
para 5,3 litros e 238 cv. Um novo V8 de 350 pol³ (5,75 litros), que
desenvolvia de 258 a 304 cv, era outra opção ao lado da unidade de 7,0
litros e 390 cv. Outra novidade que todos os motores recebiam era a
caixa automática Turbo Hydramatic de três marchas, opcional. A
Powerglide de duas marchas ainda podia equipar o modelo com motores 5,3
e 5,75.
Em 1970 uma nova alteração de estilo deixava as linhas do Caprice mais
comuns. Agora os faróis estavam para fora da grade e a frente era
irregular, com seções avançadas, como no primeiro
Opala brasileiro. Finalmente
vinham de série os discos de freio e a faixa branca nos pneus de 15 pol.
O propulsor básico era agora o de 5,75 litros, com as mesmas opções de
potência do ano anterior, mas havia um novo V8 de 6,5 litros e 268 cv. O
topo de linha passava a ser o V8 de 454 pol³ (7,4 litros), que variava de 349 a 395
cv (com 65,7 m.kgf na segunda versão) e aposentava o 7,0 de bloco
grande.
As unidades de 253 e 268 cv foram projetadas para receber gasolina
comum, ao contrário dos motores 350 Turbo Fire (304 cv) e ambos os 454
Turbo Jet, que pediam a premium de maior
octanagem. A opção de câmbio manual de três marchas com alavanca na
coluna de direção continuava na lista, mas a versão de quatro marchas
com alavanca no assoalho deixava de existir. O V8 5,75 recebia a
Powerglide de duas marchas e o restante da linha a Hydramatic.
A segunda
geração
Um Caprice todo novo,
maior e mais arredondado, aparecia nas lojas da Chevrolet em 1971,
embora lembrando bastante o anterior em estilo. Chassi e suspensão
ganhavam aprimoramentos que davam mais conforto e redução de ruídos. O
novo desenho foi realçado por um estilo de Cadillac na grade e, pela
primeira vez, era oferecida uma carroceria conversível.
A linha inteira saía de fábrica com freios a disco dianteiros e o motor
básico era o Turbo Fire de 6,5 litros e 258 cv. Todos estavam preparados
para a gasolina sem chumbo, obrigação ecológica que derrubava a octanagem e exigia menor taxa de compressão,
com prejuízo para a potência. Outros motores oferecidos eram o Turbo Jet
V8 6,5, de 304 cv, e o 7,4 de 340 cv. A caixa automática Hydramatic e a
direção assistida de relação variável eram de série no Caprice.
Não fugindo à tradição de pequenos ajustes anuais, em 1972 o carro
recebia mudanças na grade, que ficava mais baixa, e pára-choque que
resistia a impactos de até 8 km/h, condição obrigatória a partir do ano
seguinte pela legislação. Para ajudar a diminuir os ânimos, era
obrigatório divulgar a potência líquida
dos motores e não mais a bruta — que proporcionava números mais altos,
porém irreais.
Continua
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