Para se distinguir do Impala equivalente, o Caprice cupê de 1966 mantinha o teto hardtop do sedã, inspirado no de um conversível

Em 1967, mudanças de estilo e nova ênfase ao valor: "Você poderia voar à Europa e voltar com a diferença" de preço a carros similares

O motor de 5,0 litros aparecia em 1968, junto de retoques na frente

Esse motor de 427 pol³ (7,0 litros) e bloco grande (big block), dotado de carburador de corpo quádruplo, desenvolvia potência de 430 cv e torque máximo de 63,6 m.kgf (valores brutos, padrão neste artigo ate 1971). A maioria dos clientes, porém, preferiu um V8 mais civilizado, o bloco grande de 396 pol³ (6,5 litros), 329 cv e 56,7 m.kgf, responsáveis por levar o peso de 1.670 kg. Havia itens de conforto como ar-condicionado, controle elétrico dos vidros, controlador de velocidade, bancos com regulagem elétrica e rádio estéreo com toca-fitas, mas os freios ainda usavam tambores em todas as rodas.

Até certo ponto o carro grande da Chevrolet rivalizava em ostentação, luxo, conforto e conveniência com o Cadillac DeVille — ironicamente, inspirado no próprio Caprice e em outros modelos da plataforma B da GM, mas feito em uma estrutura maior e mais cara. No mesmo ano recebia pequenas modificações, como grade revisada e lanternas traseiras retangulares, em contraste às tradicionais circulares usadas nos modelos grandes da Chevy desde 1958.

Dois novos equipamentos estavam disponíveis: o Confortron, um controle automático de temperatura para o ar-condicionado, e ajuste do volante em distância e altura. O Caprice podia vir equipado com bancos revestidos em tecido e vinil, com apoios de braço na frente e atrás, e opção de banco frontal inteiriço, o que possibilitava levar três ocupantes à frente e, no caso do cupê, dois bancos individuais com um console que se integrava ao painel. A diferença em relação ao Impala SS era o acabamento mais luxuoso e o teto de sedã em contraste ao de fastback.
 
Mudanças de estilo   Em 1967 a Chevrolet reestilizava discretamente as linhas do modelo com curvas mais pronunciadas, além de mexer na grade frontal e nas lanternas. O painel ganhava instrumentos circulares e havia novo volante, enquanto os freios recebiam a opção de discos para as rodas dianteiras. O V8 bloco-grande de 7,0 litros só era oferecido com 390 cv. O câmbio automático Hydramatic de três marchas, que antes só equipava as versões de 6,5 e 7,0 litros, chegava ao menor Turbo Fire de 327 pol³ (5,35 litros) e 330 cv. No ano seguinte o Caprice recebia nova atualização de estilo, com grade revisada e lanternas fixadas no pára-choque. Um novo V8 de 307 pol³ (5,0 litros) e 203 cv era a opção de entrada. No interior o velocímetro voltava à escala horizontal e o volante de três raios era remodelado.
 
Para 1969 o Caprice, junto a outros grandes da GM, ganhava linhas mais arredondadas em outra reformulação — dentro da freqüência habitual imposta por todos os fabricantes de Detroit, um modo de estimular o consumidor a trocar seu carro ainda novo. À frente vinham dois faróis de cada lado ladeados pela enorme grade cromada. As laterais estavam mais limpas e planas, com um friso de ponta a ponta e acabamento cromado nas caixas de rodas. A coluna B continuava ausente, mas desta vez as portas perdiam os quebra-ventos. Continua

Nas telas

Seria impraticável listar todos os filmes e seriados em que o Caprice aparece, pois qualquer história americana com polícia e táxis tem grandes chances de utilizar o modelo da Chevrolet. Em Teoria da Conspiração (Conspiracy Theory, 1997) o personagem Jerry Fletcher, vivido por Mel Gibson, é um taxista que vê conspiração em tudo e em todos e acaba dividindo isso com sua clientela a bordo de um táxi Caprice de quarta geração. Em Pânico 2 (Scream 2, 1997), dois policiais a bordo de um Caprice sedã de terceira geração ficam responsáveis pela segurança de Sidney Prescott (Neve Campbell), mas sofrem um grave acidente provocado pelo assassino. Após alguns crimes é possível ver também uma versão policial do modelo fabricado após 1991.

Em todos os filmes da série O Exterminador do Futuro o Caprice é figurinha fácil. No primeiro, de 1984, o robô assassino vivido por Arnold Schwarzenegger furta uma perua Caprice com as laterais imitando madeira para alcançar a vítima Sarah Connor (Linda Hamilton). Outros marcam presença em O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (Terminator 2: Judgment Day, 1991) e outro robô, enviado para matar desta vez o filho de Sarah, se faz passar por policial e utiliza uma versão do Caprice da polícia de Los Angeles.

Em O Exterminador do Futuro: A Rebelião das Máquinas (Terminator 3: Rise of the Machines, 2003), alguns Caprices da polícia são metralhados pelos mocinhos em um cemitério. Note-se que há duas versões em cena: a tradicional, com a roda traseira encoberta, e a mais esportiva, sem a cobertura e com terceira janela diferente.

Na comédia Cuidado com as Gêmeas (Big Business, 1988), a personagem caipira de Bette Midler tenta a todo custo pegar um táxi — e consegue entrar em um Caprice de terceira geração na Big Apple. Até o desenho animado Os Simpsons tem seu Caprice, no caso um modelo utilizado pela polícia metropolitana de Springfield.

Teoria da Conspiração
O Exterminador do Futuro: A Rebelião das Máquinas
Cuidado com as Gêmeas

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