Cromados em excesso, enormes aletas na traseira, para-brisa com dupla concavidade: as extravagâncias de estilo do DeVille -- e de outros Cadillacs -- para 1959

O Sedan DeVille desdobrava-se em duas versões: de seis janelas (em cima), mais esportivo, e de quatro janelas, com perfil mais tradicional

O modelo 1961 (em verde) estava mais discreto com novas linhas; um ano depois, largas colunas traseiras dispensavam o vidro envolvente

Cuidados com a segurança em colisões eram notados no volante, com o cubo central recuado, e os comandos em posição menos provável de causar ferimentos. O motor de 6,0 litros chegava a 300 cv e não pararia por ali, passando a 310 no ano seguinte, quando as alterações visuais incluíam faróis duplos e o interior trazia a conveniência do controlador de velocidade.

O auge do exagero   Para 1959 a Cadillac lançava os modelos de sua fase mais exagerada em estilo, no que foi acompanhada por várias marcas. Os para-choques estavam mais volumosos, os cromados cada vez mais presentes e o para-brisa tinha o topo em curva, mas o que realmente chamava atenção eram as imensas aletas na traseira, que passavam de um metro de altura em algumas versões.

O DeVille, agora desvinculado da série 62, tinha entre-eixos um pouco mais longo que no anterior (3,30 m para um comprimento de 5,71 m) e podia ser adquirido como cupê, sedã de quatro janelas (com vidro traseiro mais à vertical e parecendo se ligar aos laterais) e sedã de seis janelas (com linha de teto descendente como a do cupê). O peso ficava entre 2.140 e 2.200 kg.

O conteúdo acrescentava controle elétrico dos vidros e dos bancos dianteiros ao que a série 62 já trazia, enquanto ar-condicionado, suspensão com molas a ar, comutador automático de farol alto/baixo (conforme a presença de veículo no sentido oposto), controlador de velocidade e comando remoto da tampa do porta-malas estavam entre os opcionais. O motor crescia mais uma vez, ficando com 390 pol³ (6,4 litros), 325 cv e 59,5 m.kgf com carburador duplo; direção e suspensão eram aprimoradas.

O ápice do exagero de linhas durou apenas um ano-modelo: para 1960 os Cadillacs já estavam mais discretos, com aletas bem menores e cromados reduzidos. Não havia alterações técnicas, mas o motor do Eldorado, com 345 cv e três carburadores duplos, podia ser pedido como opcional no DeVille. No ano-modelo seguinte a linha passava por uma remodelação abrangente, com quatro faróis incrustados na grade, colunas dianteiras curvas — sem o para-brisa envolvente usado até ali — e vidro traseiro quase plano, embora ainda houvesse aletas nos para-lamas.

Havia agora mais um modelo de quatro portas, o Town Sedan, que combinava o teto conservador do sedã de seis janelas (diferente do modelo de quatro janelas, que mantinha o vidro traseiro envolvente) a um porta-malas mais curto e, assim, media 5,46 m de comprimento, 18 centímetros a menos que as outras versões. O entre-eixos de 3,29 m era igual para todos, assim como o motor, inalterado.

Na linha 1962, colunas traseiras largas dispensavam o vidro traseiro envolvente no sedã de quatro janelas, no novo Park Avenue (de porta-malas curto como o do Town) e no cupê, e o interior podia vir com bancos dianteiros individuais. No modelo seguinte o DeVille ganhava para-lamas dianteiros alongados, grade maior e faróis em posição mais alta. O motor reprojetado, embora mantendo cilindrada e potência, tornava-se 37 kg mais leve, menor em todas as dimensões e mais suave em funcionamento. Continua

Nas telas
O DeVille tem presença expressiva em grande número de filmes. Há pelo menos quatro conversíveis do modelo 1964: o branco da comédia Le Corniaud (The Sucker no título em inglês, 1965), o vinho de Shag (1989), o prata de Garotos em Ponto de Bala (The Bad News Bears, 1976) e o azul claro da ação 48 Horas - Parte 2 (Another 48 Hrs., 1990). Outro conversível, mas de 1965, aparece na aventura francesa La Totale! (1991). O modelo branco já está um tanto surrado.

Pouco mais recentes são o DeVilles 1967 do drama Slums of Beverly Hills (1998), branco, e da comédia Para Wong Foo, Obrigada Por Tudo! Julie Newmar (To Wong Foo Thanks for Everything, Julie Newmar, 1995), em tom bege claro. Modelos pretos de 1968 aparecem no drama francês La Course du Lièvre à Travers les Champs (1972) e no drama norte-americano O Campeão (The Champ, 1979). Do mesmo ano, mas em cor cinza, é o conversível presente na comédia Totalmente Selvagem (Something Wild, 1986).

Mais conversíveis, dessa vez de 1969, são vistos na aventura Joyride (2005), um modelo vermelho, e na ação O Negociador (Metro, 1997), um verde. Os DeVilles de 1970 também têm boa presença: há um branco na comédia francesa Joyeuses Pâques (1984), outro no romance Dr. T e as Mulheres (Dr T and the Women, 2000) e um preto no drama O Pacto (The Lesser Evil, 1998), todos conversíveis.

Seguem-se então um vasto período de aparições menos relevantes do modelo dos anos 70 e 80. O Cadillac só volta a ser frequente nas telas com versões da segunda metade da década de 1990. Há um sedã preto de 1996 na ação Excesso de Bagagem (Excess Baggage, 1997) e um cinza de 1997 na ação Divisão de Homicídios (Hollywood Homicide, 2003). Na comédia A Família da Noiva (Guess Who, 2005), o sedã cinza é um DHS.

Não poderia faltar a versão limusine. Modelos da década de 2000 podem ser vistos na aventura O Grande Mentiroso (Big Fat Liar, 2002) e nas comédias Candidato Aloprado (Man of the Year, 2006) e Dr. Dolittle 4 (Dr. Dolittle: Tail to the Chief, 2008). Pretos, é claro.
Le Corniaud Shag
Something Wild Slums of Beverly Hills
O Negociador A Família da Noiva

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