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O V6 turbo era o motor topo-de-linha ao lado do V8 350 da geração anterior. Ele equipava a também nova versão esportiva S-Type — curiosa repetição de um antigo nome da Jaguar, reeditado mais tarde pelos ingleses —, que trazia suspensão revista e outro escalonamento de marchas. O Riviera 1979 estava ainda menor, com um tamanho que faria sentido ainda hoje: tinha 2,90 m entre eixos, 5,23 m de comprimento, 1,79 m de largura e 1,40 m de altura. Pesava 1.695 kg. Em termos de equipamento, o ar-condicionado era destaque como item de série.

O desenho seguia a "Sevillização" dos carros da GM, que seguiam o estilo de colunas traseiras bem verticais do Cadillac Seville, lançado com sucesso em 1975. O Riv estava bem parecido com os novos Toronado e Cadillac Eldorado, mas diferia dos dois por ter uma linha de cintura suavemente ondulada e a traseira inclinada como no modelo 1963. A frente também era inclinada e o conjunto primava pela elegância. O resultado da ousadia foi positivo nas vendas e na crítica, trazendo o título de Carro do Ano da revista Motor Trend. Os anos seguintes só aperfeiçoaram esse premiado projeto.

Em 1980 os retrovisores vinham embutidos e a suspensão redimensionada. Duas opções de V8 eram acrescidas no ano seguinte: o 307 (5,0 litros) de 140 cv e o problemático 350 a diesel de 125 cv. Além disso, no lugar do V8 350, o novo motor de entrada era o V6 252 (4,1 litros) de 125 cv. O S-Type era rebatizado de T-Type. Já em 1982 todos os motores ganhavam câmbio com sobremarcha e vinha o pacote de suspensão Grand Touring. Mas a maior novidade do Riviera nesse ano era a versão conversível, oferecida apenas nesta geração do modelo. Ela só vinha nas cores vermelho metálico e branca e com interior de couro vermelho.

Para comemorar os 20 anos do automóvel, a Buick preparou uma série especial para 1983. Duas unidades modificadas do conversível com motor turbo foram feitas como carros-madrinha da 500 Milhas de Indianápolis, uma honraria com grande efeito publicitário nos Estados Unidos. Para o mercado criou-se uma série de 500 cupês com o mesmo acabamento saia-e-blusa e o nome XX Anniversary Edition.

Com revisões no sistema de injeção e ignição, o V6 turbo passava a render 180 cv em 1984. O novo recorde de vendas desse ano já seria superado em 1985, embora fosse o sétimo ano dessa geração. O primeiro telefone móvel automotivo era um opcional oferecido no Riviera, que ainda teve em 1985 um computador de bordo acrescido à lista de equipamentos à parte. Nesse ano o V8 307 era o motor básico da linha. O V6 252 não era mais oferecido, mas o V6 turbo e o V8 a diesel sim.

Queda brusca Mesmo com o tardio reconhecimento das qualidades da sexta geração pelo mercado, a Buick decidiu pôr fim a essa duradoura edição do modelo para a linha 1986. Com 48,3 centímetros a menos de comprimento e 15,2 cm a menos entre eixos, o Riviera tornava-se uma leitura bem americana do que seria um cupê mais europeu em suas proporções. Como efeito dessa rigorosa dieta, ele pesava 1.485 kg, uma redução de 225 kg. Continua

Para ler

Buick Riviera Performance Portfolio 1963-1978 - por R.M. Clarke, editora Brooklands Books. Ao longo de 140 páginas em inglês, um período amplo da história do Riveira é coberto por meio de testes e impressões ao dirigir. Nele estão o Gran Sport, 425, 430, 455, 455 Stage I, 401, 403, 425, 430 e o 455.	Buick Muscle Cars - por Bill Holder e Phillip Kunz, editora Motorbooks. O livro reverencia os mais potentes Buicks dos anos 60 e 70, pré-crise do petróleo, um tempo de motores V8 que esbanjavam potência. Um conteúdo de 128 páginas em inglês ao qual o Riviera certamente não poderia faltar.
Buick Muscle Portfolio 1963-1973 - por R.M. Clarke, Brooklands Books. Clarke mais uma vez compila uma série de testes de terceiros, mas desta vez não apenas do Riviera. É ideal para conhecer os Buicks da era dos "musculosos", quando gasolina não era problema. São 140 páginas em inglês.	Standard Catalog of Buick 1903-2004 - por John Gunnell, editora Krause Publications. Os interessados na história da Buick anterior aos anos 60 vão encontrar farto material nas 367 páginas deste livro, que cobre 101 anos da história da marca e mostra a importância do Riviera no enredo.