Em 1948 era apresentado o modelo 401, que adotava critérios de construção superleve da empresa italiana Touring. O mérito estava em produzir a carroceria em chapas de alumínio e apoiá-la em um chassi tubular. A diminuição de peso era relevante, e a rigidez, muito boa. O processo faria escola por muito tempo na empresa e em outras, como as inglesas Aston Martin e Jaguar (em modelos especiais do E-type) e as italianas Alfa Romeo e Maserati.

Com a construção superleve da Touring italiana e desenho que lembrava o do
Alfa Romeo 6C 2500, o Bristol 401 era mais esportivo e chegava a 160 km/h

Apesar de conservar a identificação de grade da BMW, a carroceria era nova, com estilo original. E, o mais interessante, o novo modelo lembrava muito o italiano Alfa Romeo 6C 2500. Na frente havia quatro faróis circulares, sendo que os que estavam mais próximos da grade tinham diâmetro maior que aqueles das extremidades. Os pára-choques eram rentes à carroceria.

Com boa área envidraçada para um esportivo, tinha linhas muito aerodinâmicas — a carroceria foi testada em um túnel de vento aeronáutico. Visto de lado o cupê esbanjava esportividade em seu belo desenho fastback. Tinha um estilo muito avançado para a época. E o porta-malas era muito bom, pois o estepe ficava em posição horizontal. Apesar de ser um 2+2, o acesso ao banco traseiro era fácil e nele havia um apoio de braço para a comodidade de dois passageiros. Quanto ao motor, comparado à unidade anterior, ganhava apenas 5 cv e o levava a 160 km/h.

O conversível 402 tinha a mesma mecânica, mas era transformado por Pinin Farina

Drophead coupe   Em 1949, baseado no cupê, era apresentado um interessante conversível denominado 402. O "drophead coupe", como os ingleses chamam os conversíveis, era transformado pelo famoso estúdio italiano Pinin Farina, mas a montagem ficava a cargo da Bristol. Sua capota era toda encoberta quando recolhida, detalhe raro na época, e não havia moldura do pára-brisa na parte superior. Era um carro muito exclusivo, produzido em apenas 24 exemplares durante um ano. Quanto ao cupê, desde seu lançamento até 1953 foram produzidas 650 unidades — um automóvel para poucos, pois era caro e muito sofisticado.

Em junho desse ano era lançado o modelo 403, embora o 401 continuasse em produção. Mantinha o motor de seis cilindros em linha, mas a potência de 80 cv passava a 100 cv, com torque máximo de 21 m.kgf. O carro acelerava de 0 a 100 km/h em 14 segundos e sua final era de 165 km/h. A caixa de quatro marchas estava aperfeiçoada e mantinha a tração traseira. A suspensão dianteira era independente e a traseira recebia barras de torção, o que a melhorava em relação à anterior — o carro estava mais seguro e estável. Foram produzidos 970 exemplares deste modelo.
Continua

As formas arredondadas eram mantidas no 403, que trazia melhorias técnicas: mais 20 cv no motor de 2,0 litros, suspensão e câmbio aprimorados
Para ler
Bristol Cars - A Brooklands Portfolio - por R. M. Clarke, editora Brooklands. Com 320 páginas em inglês, traz vários artigos publicados em revistas. São poucas (16) fotos em cores, mas cerca de 500 em preto e branco.

Bristol Cars and Engines -
por L. J. K. Setright. As 160 páginas da obra, publicada em 1974 e não muito fácil de encontrar, foram escritas pelo respeitado jornalista e engenheiro inglês (1931-2005), um entusiasta pela marca.
Bristol Motor Cars - por Dave Randle, editora Sutton Publishing. Com capa dura, 128 páginas e cerca de 200 fotos, conta a saga da empresa de Filton. Na capa vem um belo exemplar da Zagato. Publicado em 2003.

Bristol cars - Bristol-Frazer-Nash - Bristol 400, 401, 402, 403, 404, 405, 406, 407 & 408 -
por Colin Pitt. São 84 páginas de um volume interessante e completo, que aborda uma série tida como a mais importante da história da empresa.

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