

Segundo membro da família, o
Coupé era menor em todas as dimensões e tinha linhas elegantes, apesar
dos pára-choques para os EUA (embaixo)
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Os
propulsores de quatro cilindros em linha — não em "V" ou
opostos, configurações que foram
abandonadas pelo maior custo — eram basicamente os mesmos da linha Fiat,
mas isso não depõe contra o projeto: a Lancia teve liberdade de
modificá-los, como ao adotar cabeçote com
câmaras de combustão hemisféricas. E seu desenho coube ao notável
engenheiro Aurelio Lampredi, que projetava motores na Ferrari antes de
ser empregado pela Fiat.
O motor era inclinado 20° para trás, o que contribuía para baixar o
centro de gravidade e dividir melhor o
peso entre os eixos, e — assim como o câmbio — vinha montado em um
subchassi. As versões iniciais tinham
cilindrada de 1.438, 1.592 e 1.756 cm³ e potência de 90, 100 e 110 cv,
na ordem (o de 1.297 cm³ e 82 cv surgiria pouco depois). Com o mais
potente, alcançava máxima de 175 km/h.
Mas o subchassi dianteiro, associado à baixa resistência à corrosão —
freqüente nos carros italianos dos anos 70 —, seria a origem de um
problema que maculou a imagem do Beta. A ferrugem atacava os pontos de
fixação do quadro inferior dianteiro e, em casos extremos, fazia-no
desprender-se, uma ocorrência séria. Embora o problema tenha sido
corrigido na segunda série do Beta, em 1975, a Lancia não deixou para
trás os problemas ocorridos na primeira.
Na Inglaterra, convocou proprietários de carros já bastante usados e,
quando confirmada a corrosão estrutural, propôs a troca por um Fiat ou
Lancia novo em condições vantajosas, destruindo em seguida os veículos
afetados. Contudo, a imprensa explorou bastante o tema e passou a
impressão de que o problema não estivesse sanado, apesar da garantia de
seis anos contra corrosão já adotada pela empresa.
Continua
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