O motor básico era de seis cilindros em linha, com 170 pol³ (2.789 cm³) de cilindrada, válvulas no cabeçote, comando no bloco e um carburador Holley em posição invertida. Fornecia a potência de 102 cv e o torque máximo de 21,4 m.kgf (dados brutos, padrão neste artigo até 1971). Podia ser equipado com câmbio manual ou automático Torque-Flite, com alavanca na coluna, ambos de três marchas; tinha diferencial autobloqueante e tração traseira. A velocidade máxima era de 155 km/h.

O interior era simples, mas oferecia opções de volante esportivo e câmbio no assoalho

O outro motor, também de seis cilindros, era um pouco mais vigoroso: o Slant Six (seis inclinado, em alusão a sua montagem no cofre) de 225 pol³ (3.687 cm³), 147 cv e 29,7 m.kgf. Um pouco mais rápido, este Barracuda chegava a 165 km/h. Em ambos a suspensão dianteira era independente, com barras de torção longitudinais, e a traseira usava eixo rígido e feixes de molas semi-elípticas. O carro tinha pneus de construção diagonal, na medida 6,50-13, e rodas de aço com calotas cromadas de desenho simples.

Ganhando desempenho   Em 1965 o carro da Plymouth estava muito mais atraente. Duas novas opções de motores com oito cilindros em "V" a 90° chegavam para animá-lo. O mais tímido tinha 273 pol³ (4.473 cm³), 180 cv e 35,9 m.kgf, alimentado por um carburador de corpo duplo Stromberg. Com este novo coração recebia câmbio manual de quatro marchas no assoalho e chegava a 175 km/h. Mais interessante era o pacote Formula S com kit Commando. O mesmo V8 ganhava carburador de corpo quádruplo e a potência subia para 238 cv. A máxima passava a 190 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em nove segundos.

Anúncios do Plymouth: "O que um fastback de alto desempenho faz com um espaço de carga de
2,10 metros de comprimento?" e "Há muitos peixes no mar, mas apenas um Barracuda 1966"

A versão vinha equipada com suspensões mais firmes, novas rodas com desenho esportivo, pneus BF Goodrich mais largos e faixa branca sobre o capô, teto e tampa do porta-malas. Por dentro recebia conta-giros. O sucesso veio rápido. No ano seguinte o cupê deixava de ter os emblemas do Valiant e ganhava os do peixe que lhe dava o nome na carroceria. Havia também retoques na frente e na traseira. Começava a se distanciar do sedã. Continua

Para ler
Dodge Challenger & Plymouth Barracuda - por David Newhardt, editora Motorbooks. Publicado em 2000, conta com 96 páginas e 85 fotos coloridas. Muito detalhado, traz testes detalhados do Challenger T/A (Trans-Am) e do AAR Cuda.

Barracuda & Challenger - por Paul Zanzarini, editora Motorbooks. Faz parte da coleção Muscles Car Color History.
Com 128 páginas em inglês, é bem ilustrado e técnico.

Barracuda Muscle Portfolio, 1964-1974 - por R. M. Clarke, editora Brooklands. Traz testes completos, dados técnicos precisos, com dedicação maior aos mais bravos Formula S, Cuda 340, 383, 440, AAR, Hemi e Six-Pack. São 140 páginas em inglês.
Nas pistas
O Barracuda entrou nas competições em 1970 nas mãos de dois americanos competentes. Swede Savage, que morreu tragicamente em 1973 aos 27 anos numa prova em Indianápolis, e Dan Gurney (foto) levaram dois carros idênticos para a série Trans Am. Os AAR Cudas eram equipados com o motor V8 340 Six Pack. Não tiveram o sucesso esperado, embora fosse um carro bem preparado e competitivo. Foi uma tentativa.

 

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