Em 1967 o Barracuda era um novo carro. Havia mudado por dentro e por fora e estava disponível em três tipos de carroceria: continuava o fastback, mas com vidro traseiro mais convencional, não envolvente; havia também um belo cupê hardtop e um conversível muito atraente. Na frente tinha a grade dividida. Permanecia com dois faróis circulares e, inseridos na grade, estavam faróis de longo alcance retangulares. Atrás as lanternas em forma de "L" faziam belo conjunto com a nova tampa do porta-malas, que podia receber uma faixa horizontal que imitava aço escovado.

O Barracuda 1967 vinha com nova carroceria, mais imponente, e três versões: cupê hardtop, o conhecido fastback e conversível

Quanto à motorização, a básica 225 continuava em produção, mas as mais interessantes e vendidas eram as V8. Uma das novas opções era nosso conhecido 318 (5.212 cm³), que equipou os Dodges brasileiros, com um carburador de corpo duplo, 230 cv e 47 m.kgf. Ele substituía o antigo 273, que continuava no Valiant. Um dos preferidos do público era o Barracuda Formula S em versão hardtop. Seu motor 340 (5.571 cm³), com carburador de corpo quádruplo e taxa de compressão de 10:1, desenvolvia 275 cv e 47 m.kgf. Com isso, fazia de 0 a 100 km/h em apenas 7,5 s e a velocidade final era de 205 km/h.

Mais forte ainda era o V8 também novo de 383 pol³ (6.276 cm³) com carburador de corpo quádruplo, taxa de 10,5:1, 300 cv e 55,3 m.kgf, o bastante para acelerar de 0 a 100 km/h em 7 s. Ambos os Formulas S vinham com caixa manual de quatro marchas ou automática de três. O mais forte recebia falsas entradas de ar cromadas sobre o capô, faixas decorativas laterais, rodas de alumínio, pneus Firestone D70-14 e freios dianteiros a disco ventilado.
Continua

O vidro traseiro ainda era amplo, mas não envolvente; novos motores V8 de 318, 340 e 383 pol3 melhoravam o desempenho
Nas telas
O Barracuda foi um campeão dos seriados. Em 1970 estreava nos Estados Unidos The Immortal, com 15 episódios, que poucos anos depois passaria também no Brasil. O protagonista era Christopher George, que fazia o papel do piloto de testes Ben Richards. Era um bom homem, que tinha uma bela namorada e um bom emprego. Em determinado dia seu poderoso patrão, já idoso e doente, precisou de uma transfusão de sangue. Ben foi o doador e, após este procedimento, seu patrão ficou mais jovem e as doenças acabaram.

Foi então descoberto que Ben tinha um sangue diferente, que o tornava imortal. Ali começava o tormento do personagem, pois seu patrão queria mais sangue e compartilhou este segredo com pessoas de poucos escrúpulos. Começava uma caçada humana. Em todo episódio havia ótimas perseguições de carros que envolviam cenas empolgantes. No primeiro, Ben ganhou de seu pai adotivo um Barracuda da primeira geração.

Nash Bridges

Outra série de sucesso aqui e nos EUA foi Miami Vice. Os atores principais eram Don Johnson e Philip Michael Thomas, que faziam os policiais detetives James "Sonny" Crockett e Ricardo "Rico" Tubbs, na ordem. A série foi de 1984 a 1989, mas em 1996 o mesmo Don Johnson voltava as telas no papel de um detetive, só que do outro lado dos EUA, na cidade californiana de São Francisco. O seriado Nash Bridges durou 122 episódios. O policial homônimo ao filme, interpretado por Don, fazia suas investigações a bordo de um Hemi Cuda 1971 conversível.

No princípio dos anos 90, mais um seriado chamou atenção de brasileiros e americanos: Twin Peaks, um drama policial com muito suspense. O diretor, o polêmico David Lynch, criou uma cidade fictícia com o nome da série. Foram 30 episódios em duas temporadas, que fizeram muita gente pregar o olho na TV. Quem matou brutalmente a adolescente Laura Palmer? A investigação era feita por um agente do FBI, Dale Cooper (Kyle MacLachlan).

Twin Peaks

Um carro que apareceu muito foi o Barracuda conversível de cor preta, 1967.

Nas grandes telas o carro também fez bonito. No ótimo filme High Crimes (Crimes em Primeiro Grau), de 2002, onde se destacam afamados atores como a bela Ashley Judd, o grande Morgan Freeman e James Caviezel. Claire (Judd) tinha uma vida pacata e harmoniosa com seu marido, até que descobriu que ele participou de guerrilhas em El Salvador. Homem extremamente hábil, foi acusado de ter participado de um massacre. Neste ótimo filme eles utilizam muito um Barracuda 1968.

Fireball 500

Bem interessante é a versão SSXR desenvolvida por George Barris para o filme Fireball 500, de 1966. Um cupê daquele ano foi transformado em um estranho conversível, com dois pequenos pára-brisas, frente alongada com dupla grade, escapamentos laterais e pintura em degradê. Famoso por suas transformações de carros para o cinema, Barris tem no Batmóvel dos anos 60, derivado do carro-conceito Lincoln Futura, sua criação mais conhecida.

Outras cenas com o Barracuda estão em The Wraith (A Aparição, 1986), com um cupê de 1966; Highwaymen (Velozes de Mortais, 2003), com um 1968 vermelho; Out on Bail (1989), com uma versão 383 preta de 1969; e Captured (1998), com um cupê de 1967.

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