
Parachoques lisos e faróis mais
modernos vinham em toda a linha 1993


As versões Quafrifoglio Verde
(em cima) e Quadrifoglio 4: esportivos com motor V6 com 232 cv e, no
segundo caso, tração integral variável |
Não
demorou muito para que o Alfa chegasse a outros países. Um dos mais
importantes, o mercado americano o recebeu com o motor de 3,0 litros em
1991 — foi o último sedã da Alfa a aportar por lá de forma oficial. No
ano seguinte o V6 ganhou duplo comando e quatro válvulas por cilindro na
versão Super. Seu rendimento melhorava para 211 cv e 27,5 m.kgf, o
suficiente para 240 km/h. Outra novidade era uma versão reduzida do V6
com 1.997 cm³, turbo e 210 cv.
Toda a linha recebia em 1993 parachoques sem estrias, pintados na cor da
carroceria e com um friso cromado em algumas versões, além de faróis com
duplo refletor (do tipo
elipsoidal para o facho baixo), escudo
da grade pouco maior e outros retoques estéticos. Se na aparência o Alfa
164 pouco mudou em seu ciclo de produção, novas versões eram sempre
bem-vindas. É o caso do 164 QV ou Quadrifoglio Verde de 1992. O V6 de 24
válvulas era modificado para fornecer 232 cv e 28,2 m.kgf, o que o
levava de 0 a 100 em 7 segundos e à máxima de 245 km/h. Em 1993,
renomeada apenas Quadrifoglio, a versão ganhava controle eletrônico dos
amortecedores. O trevo de quatro folhas (quadrifoglio em italiano),
amuleto usado pelo piloto Ugo Sivocci, que morreu em um acidente em 1923
no circuito de Monza, Itália, desde aquela época se tornou a distinção
de versões de alto desempenho da linha Alfa.
Houve também o 164 Q4, ou Quadrifoglio 4, com tração integral e lançado
em 1993. Era equipada com o Viscomatic, sistema da austríaca Steyr-Puch
que usava diferencial central de acoplamento viscoso, semelhante ao
empregado pela Audi na época. A tração era dividida entre os eixos até
os extremos de 100:0 e 0:100 para a melhor aderência. Com o mesmo motor
do outro Quadrifoglio, acelerava de 0 a 100 em 7,5 s e chegava a 240
km/h. A caixa era manual Getrag de seis marchas, os pneus passavam para
205/55 R 16 e os freios traseiros também usavam discos ventilados.
Contudo, a tração suplementar resultava em perda de espaço para bagagem,
que caía de 504 para 410 litros, enquanto o peso chegava a 1.680 kg —
por larga margem, o mais pesado dos 164.
O tempo parece ter passado devagar para o Alfa 164, mas com os anos — e
a evolução dos concorrentes — ele precisava sair de cena. Depois de 270
mil unidades, cedia seu espaço ao modelo
166 em 1997. Dez anos marcaram a imagem desse Alfa como uma boa
opção no segmento premium de sedãs que, além do desempenho inerente à
fama do construtor, traziam requinte e luxo para brigar de frente com os
melhores alemães.
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