A linha VK chegava em 1975 limitada a duas versões (XL e 770) e com a substituição do motor 340 pelo 360, de 5,9 litros, um tanto estrangulado para economizar combustível e não escandalizar os críticos. O V8 318 também estava disponível. Já no ano seguinte aparecia a série CL. A mudança de V para C na sigla tem sua razão: em paralelo às linhas VH, VJ e VK a empresa havia oferecido sedãs de quatro portas (vendidos como Chrysler by Chrysler) e cupês (chamados de Chrysler Hardtop) com entreeixos alongado, identificados como séries CH, CJ e CK, em ordem cronológica.

A Chrysler demorou a entrar no segmento de furgões de lazer, mas o fez com estilo: o Drifter, em 1975, trazia de fábrica rodas esportivas e motor V8 de 5,2 litros

Com a extinção desses modelos, a letra C tornava-se o padrão na linha, cujo entreeixos passava a 2,92 m, com comprimento de 5,04 m — um exagero para aqueles tempos de crise do petróleo. Faróis duplos identificavam o CL, que vinha com os motores de 245, 265 e 318 pol³, mesmo no caso do Charger. Agora as maiores potências eram de 203 cv com seis cilindros e 230 com oito, uma decepção em vista dos tempos passados. Parte da perda devia-se às normas de controle de emissões poluentes que passavam a vigorar.

Outra novidade era o furgão Panel Van, que afinal respondia aos concorrentes feitos desde a década anterior. Com esse utilitário, em especial a versão esportiva Drifter, a Chrysler aproveitou a fase áurea dos furgões na Austrália no fim dos anos 70, quando os jovens viam neles — assim como no Ford Sundowner e no Holden HJ Sandman — veículos irreverentes, com um ar esportivo. Era comum encontrá-los pelas ruas com faixas decorativas, rodas largas e suspensão modificada. O Drifter vinha de série com tudo isso, o motor V8 318 e câmbio de quatro marchas.

A última linha de Valiants australianos, a CM, era conservadora no estilo e no desempenho: a potência não passava de 163 cv, pouco para um sedã tão grande e pesado

A derradeira série CM chegava em 1978 e marcava a extinção do Charger. O mais esportivo Valiant era agora o GLX, com o Hemi de seis cilindros e 163 cv e uma suspensão adequada aos novos pneus radiais. O V8 318 havia minguado para 143 cv e só equipava versões comportadas. Naquele final da década, a crise na Chrysler americana levava o novo presidente Lee Iacocca — ex-Ford — a medidas drásticas, como vender quase todas as operações do grupo em outros países. A divisão européia foi adquirida pela Peugeot, e a australiana, pela Mitsubishi, que já vinha fabricando localmente os modelos Galant e Sigma em parceria com a Chrysler.

O encerramento da produção do Valiant, em agosto de 1981, fechou um ciclo de duas décadas e 565.338 unidades vendidas, sendo 31.857 Chargers.

Ficha técnica
_ VH Pacer
(1971)
VH Charger E49
(1971)
VH Charger E55
(1972)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 6 em linha longit., 8 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 99,3 x 93,5 mm 102,6 x 84 mm
Cilindrada 4.340 cm3 5.571 cm3
Taxa de compressão 9,5:1 10:1 10,5:1
Potência máxima 218 cv a
4.800 rpm
302 cv a
5.600 rpm
275 cv a
5.000 rpm
Torque máximo 37,7 m.kgf a
3.000 rpm
44,2 m.kgf a
4.100 rpm
47 m.kgf a
3.200 rpm
Alimentação três carburadores de corpo duplo um carburador de corpo quádruplo
CÂMBIO
Tipo, marchas e tração manual, 3,
traseira
manual, 4,
traseira
automático, 3,
traseira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco ventilado / a tambor
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido
RODAS
Pneus ER70-14
DIMENSÕES
Comprimento 4,89 m 4,57 m
Entreeixos 2,82 m 2,67 m
Peso 1.420 kg 1.360 kg 1.460 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima ND 210 km/h 195 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h ND 6,1 s 7,2 s
ND = não disponível

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