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"O que é tão exclusivo no novo Thunderbird de quatro portas?", perguntava o anúncio. De fato ele estava peculiar, com portas traseiras "suicidas" e enormes colunas posteriores

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Os cupês de 1970, em cima, e 1971: frente reestilizada, com um bico que onerava os reparos de colisões

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O modelo 1972: enorme e pouco atraente em estilo, além de inadequado à crise do petróleo

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A frente chamava a atenção, num estilo que agradou na segunda metade daquela década. Os faróis eram escamoteáveis, escondidos atrás de uma enorme grade. A traseira mantinha os elementos das lanternas unidos por um único corpo. Era um carro um tanto estranho, mas instigante e sofisticado — passava bem a idéia de exclusividade que a Ford propunha, tanto que 77.956 proprietários aumentaram as vendas em 21%.

O chamativo estilo pouco mudou em 1968, a não ser pela grade. Um V8 de 429 pol³ (7,0 litros) e 360 cv era oferecido como opcional, mas se tornou de série ainda no decorrer daquele ano. O câmbio automático era o padrão e, pela primeira vez, havia a opção de bancos individuais ou um inteiriço. Em 1969 a mudança mais significativa era a divisão da lanterna em duas peças, como nos modelos 1964 e 1965. Voltava a constar no catálogo de opcionais o teto solar que o Thunderbird 1960 introduzira.

O novo modelo para 1970, reestilizado por Semon “Bunkie” Knudsen, nada mais era que o mesmo carro após uma série de alterações cosméticas. Os faróis escamoteáveis eram trocados por lentes duplas tradicionais e a grade tinha uma protuberância pontuda no meio. Era um estilo que Knudsen havia seguido em alguns modelos da GM, de onde vinha. Sujeita a onerosos danos em caso de colisões, a frente encarecia o seguro do carro. Em 1971, apenas pára-choque e grade novos marcavam a evolução do Thunderbird.

O pássaro-banheira   A maior parte da década de 1970 conviveu com o Thunderbird apresentado em 1972, ano em que o modelo marcou um milhão de unidades produzidas. Era um carro enorme, com uma frente maciça tão característica dos carros full-size (de porte grande) americanos da época e traseira mais curta. Embora imponente e luxuoso, estava muito distante da esportividade do roadster original. E não poderia ser mais inadequado à época de contenção de gastos com combustível que viria em seguida, com a crise do petróleo de 1973.

A única opção de carroceria era o hardtop, e a cobertura em vinil ao estilo Landau continuava um sucesso. O entreeixos aumentara 13,7 cm. Se desde 1967 a plataforma já era dividida com o Lincoln Mark III, agora isso incluía a carroceria, acabando de vez com a exclusividade do projeto. Como carrão de luxo americano, porém, funcionava bem e impunha respeito. Enquanto o V8 429 vinha de série, um imenso de 460 pol³ (7,55 litros), 212 cv e 47,3 m.kgf era opcional (a partir deste ano os valores são líquidos, por isso bem menores). Com preços a partir de 5.293 dólares, esse T-Bird vendeu 53.000 unidades, pouco para sua média anual recente.

O pára-choque dianteiro ficava bem mais protuberante em 1973 para atender às novas leis americanas de segurança. A grade ficava quadriculada, a moldura de cada farol tornava-se individual e os carros com a cobertura Landau podiam vir com os saudosos vidros laterais traseiros, abandonados ainda em 1957 — as chamadas opera windows, janelas de ópera. Detalhes como esses foram capazes de ajudar a vender 87.000 T-Birds. Continua

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