


Os exagerados modelos 1974, 1975
e 1976 e, embaixo, a geração de 1977, que rompia a tradição de só
crescer a cada renovação |

Em 1974 era o pára-choque
de trás que parecia tirado de um caminhão, logo abaixo da traseira
redesenhada. Com 135 kg a mais de peso, o Thunderbird recebia o V8 de
460 pol³, agora com 220 cv, como motor básico, um símbolo do exagero. Já
custando 7.330 dólares, vendeu apenas 58.443 carros. No ano seguinte
chegavam novas versões de acabamento, denominadas Silver (prata) e
Copper (cobre), e freios traseiros com sistema antitravamento (ABS)
opcional. Nada mais relevante ocorreu em 1976.
Pela primeira vez na história do modelo, a linha 1977 diminuía de
tamanho, um sinal dos tempos. Era na verdade um Ford LTD II com
acabamento mais sofisticado. Em 1974 a marca já oferecia um
Torino cupê mais requintado e batizado de
Elite, uma cobaia para testar a aceitação de um T-Bird menor. Deu certo
e, quando o Torino recebeu novo estilo em 1977 e passou a se chamar LTD
II, para faturar com o sucesso do grande LTD, o Elite herdou o nome do
lendário pássaro-trovão.
O novo Thunderbird, agora mera versão de acabamento, parecia
muito pouco ou nada menor que o anterior. O conceito de carro médio
americano da época ainda consistia em modelos pouco menores que os
gigantescos full-sizes. E estes ainda vendiam muito bem, mesmo
com quatro anos de petróleo caro.
Outra característica inédita no carro era o fim do estilo hardtop.
Havia uma nítida coluna central no teto e, curiosamente, era nela que os
vidros adicionais estavam alojados. Os dois lados do carro eram unidos
por ela numa espécie de tiara. A coluna traseira do novo cupê era bem
estreita. Continua
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