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Charme e descontração, não desempenho: as fotos da Ford e a publicidade do T-Bird comprovam a mensagem da empresa para o carro que abalou o sucesso do Corvette

Sob o capô, a Ford não cometeu o erro da GM, que aplicou um modesto seis-cilindros no primeiro Corvette, para lançar um V8 dois anos depois. Apesar do tamanho, um V8 de 292 pol³ (4,8 litros) movia desde o início o roadster da Ford, produzindo 198 cv brutos com câmbio automático ou 193 cv com o manual — o mesmo motor equiparia, em 1969, o brasileiro LTD, derivado do Galaxie. O carro alcançava 185 km/h e acelerava de 0 a 96 km/h em menos de 10 segundos.

Lançado em outubro de 1954 como modelo 1955, ele finalmente aproveitava de forma mais audaciosa o V8 que a marca já fazia desde 1932. Chamado de “carro pessoal de alto desempenho” pela Ford, não era anunciado como um puro-sangue esportivo. O preço começava em 2.944 dólares e muitos deles vinham com teto rígido acompanhando o de lona. Essa preocupação com conforto também se mostrava nos vidros descendentes, o que podia efetivamente vedar o interior do carro. E isso em geral entusiasmava mais o consumidor americano que os brios sob o capô.

As vendas refletiriam o susto que a Chevrolet tomou no primeiro ano de mercado de seu concorrente: enquanto 16.155 T-Birds foram disputados a tapa, o Corvette, mesmo já munido do V8, vendeu somente 674 unidades, um quarto do total de 1954. Julgamentos apressados poderiam dizer que era o começo do fim de um pela glória do outro. Mas esse é só o começo dessa história.

Breve rivalidade   A popularidade do Thunderbird foi tanta que logo o público americano tratou de criar algo que faz tão bem na língua inglesa — apelidos e gírias. O "T-Bird" já era um dos carros mais queridos da América nos anos 1950. Além de sua imagem de jovialidade e a elegância elitizada de seu porte europeu, era um carro com apelo romântico, um convite para casais apaixonados ocuparem seus dois lugares. E que chegava a 1956 com novidades.

Parecia pouco ao lado do remodelado Corvette, que já começava sua reação. Mas eram detalhes que contribuíram muito para sua fama e até hoje são valorizados por colecionadores. E também já prenunciavam os planos da Ford para o carro: o foco era mesmo o conforto e a estética, não o potencial atlético. As maiores mudanças eram o teto rígido com vidros laterais circulares tipo vigia de navio, opcionais, para ajudar (muito pouco) na visibilidade para os lados e para trás, e o estepe sobressalente apoiado no pára-choque traseiro — muito elegante, mas um transtorno na troca de pneus.

Nada produzido por Detroit na década de 1950, sua fase áurea, se equiparava ao T-Bird 1956 no quesito charme. O Chevrolet Bel Air 1957 seria um caso à parte, uma interpretação perfeita do espírito da época, mas o modelo 1956 do esportivo da Ford, com os vidros adicionais e o estepe externo, levava ao ápice o romantismo e a elegância propostos pelo carro. Continua

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